Brasil

Joaquim Barbosa pede novas apurações sobre esquema

Por decisão do magistrado, um ex-assessor de campanha do ministro Fernando Pimentel será investigado por ter recebido verba do esquema de Marcos Valério


	O ministro do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 19h29.

Brasília - Um ex-assessor de campanha do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, será investigado por ter recebido dinheiro do valerioduto. A decisão do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, de remeter à Justiça Federal em Belo Horizonte o pedido de investigação atende a um pedido do Ministério Público Federal, conforme o Estado revelou em julho.

Barbosa concordou com o desmembramento da ação por meio de uma decisão proferida em 24 de agosto. O inquérito no STF apura a distribuição de recursos por meio de empréstimos feitos no banco BMG e outros fatos correlatos ao mensalão. Esta investigação é um dos desdobramentos da ação penal que o STF está julgando no processo principal.

O nome do ministro apareceu porque Rodrigo Barroso Fernandes recebeu recursos da SMPB, agência de Marcos Valério, no período em que trabalhava na campanha de Pimentel à reeleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 2004. O Ministério Público, porém, não encontrou "indícios concretos" de que o dinheiro tivesse o ministro como beneficiário e, por isso, recomendou o repasse da investigação para que se apurasse a conduta do ex-assessor. Há a ressalva, porém, que a ação deverá voltar ao STF se a apuração indicar envolvimento de Pimentel.

Por meio de nota, a assessoria do ministério disse que Pimentel "repudia com veemência" qualquer ilação de sua vinculação com o processo do mensalão. Afirma, ainda, que o ministro não comentará investigação na qual não está incluído.

Pessoas próximas a dois deputados federais petistas, Vicentinho (SP) e Benedita da Silva (RJ), também foram mencionadas no inquérito sobre o BMG. Assim como no caso de Pimentel, o Ministério Público Federal recomendou o desmembramento da ação por não ter conseguido encontrar "indícios concretos" da participação dos parlamentares no recebimento de repasses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFernando PimentelFraudesJoaquim BarbosaJustiçaMensalãoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas