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Barbosa condena ex-deputado João Magno por lavagem

Em seu voto, o ministro afirmou que o parlamentar recebeu dinheiro do esquema e tentou dissimular isso utilizando uma outra pessoa para sacar os recursos


	Joaquim Barbosa: segundo o ministro, no processo não existem elementos comprovando que a assessora sabia da origem ilícita do dinheiro
 (Nelson Jr./SCO/STF)

Joaquim Barbosa: segundo o ministro, no processo não existem elementos comprovando que a assessora sabia da origem ilícita do dinheiro (Nelson Jr./SCO/STF)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 20h23.

Brasília - O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), condenou nesta quarta o ex-deputado federal do PT João Magno (MG) pelo crime de lavagem de dinheiro. Em seu voto, o ministro afirmou que o parlamentar recebeu dinheiro do esquema e tentou dissimular isso utilizando uma outra pessoa para sacar os recursos.

O julgamento será retomado nesta quinta e Joaquim Barbosa analisará as condutas imputadas aos ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA) e Professor Luizinho (PT-SP), ao ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e ao ex-chefe de gabinete de Adauto, José Luiz Alves.

Na defesa apresentada ao STF, os advogados sustentaram que os recursos foram repassados para pagamentos de dívidas de campanha. Essa alegação já foi rebatida pelo tribunal no julgamento de outros réus também acusados de envolvimento com o esquema. O ministro destacou a informação segundo a qual o empresário Marcos Valério teria se disponibilizado a pagar dívidas do partido no Pará.

"A ênfase dada de que o montante era destinado ao pagamento de dívidas de campanha não afasta a caracterização do delito já que o destino dado a um dinheiro lavado não faz referência ao crime", afirmou o ministro.

Uma dessas pessoas a efetuar saques foi Anita Leocádia, assessora de Paulo Rocha. Em relação a ela, Joaquim Barbosa votou pela absolvição por falta de provas. Segundo o ministro, no processo não existem elementos comprovando que a assessora sabia da origem ilícita do dinheiro. Ele também acrescentou que Anita era uma mera subordinada do ex-parlamentar. "Entendo não haver elementos para afirmar que tinha conhecimento dos crimes antecedentes", disse.

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