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Barbosa diz ao STF que finalizou sua parte no acórdão

Comunicação foi feita por meio de ofício aos gabinetes e serve como uma forma de pressão para que os demais ministros também entreguem seus votos do processo do mensalão

O presidente do STF, ministro Joquim Barbosa (Valter Campanato/ABr)

O presidente do STF, ministro Joquim Barbosa (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 19h31.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator da ação penal do mensalão, comunicou aos demais ministros da Corte nesta segunda-feira que encerrou sua parte no acórdão do processo.

A comunicação foi feita por meio de ofício aos gabinetes e serve como uma forma de pressão para que os demais ministros também entreguem seus votos.

O acórdão reúne os votos dos magistrados no julgamento e oficializa as condenações, absolvições e penas. Ao ser publicado o acórdão, abre-se o prazo para as defesas apresentarem recursos. Apenas a parte de Barbosa tem mais de mil páginas.

Os ministros que se aposentaram ao longo do processo --Cezar Peluso e Carlos Ayres Brito-- também já teriam entregue suas partes, disse à Reuters uma fonte que acompanha o processo.

O prazo, segundo um dos ministros, é de 60 dias a partir da proclamação do resultado, sem contar o recesso do Judiciário, iniciado no final de dezembro e encerrado no início deste mês. O recesso começou logo após a conclusão do julgamento.

Os advogados de defesa tem, como regra geral, cinco dias para apresentar embargos após a publicação do acórdão. Neste caso, como o documento pode chegar a 20 mil páginas, as defesas pediram mais tempo --ou o acesso aos textos na medida em que os ministros fossem liberando.

Barbosa, segundo uma fonte do STF, não dará acesso de sua parte às defesas antes do prazo legal.

Vinte e cinco réus foram condenados no julgamento do mensalão, que, segundo determinou o Supremo, foi um esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os condenados estão o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema.

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