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Bancos retomam crédito e fluxo beneficia o Brasil

Para se ter uma ideia, o Brasil foi o segundo país emergente que mais se beneficiou dos créditos externos em 2010, superado apenas pela China.

Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo: fluxo beneficia o Brasil (ROBERTO SETTON/Site Exame)

Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo: fluxo beneficia o Brasil (ROBERTO SETTON/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 08h15.

São Paulo - Dois anos depois da crise que secou o sistema financeiro, os bancos voltam a emprestar. Dados divulgados ontem pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) indicam que o fluxo de linhas de crédito e de empréstimos volta a crescer, ainda que as quedas de 2008 e 2009 estejam longe de serem compensadas. O Brasil foi o segundo país emergente que mais se beneficiou dos créditos externos em 2010, superado apenas pela China.

Segundo o BIS, bancos em todo o mundo emprestaram US$ 30,9 trilhões no terceiro trimestre de 2010, US$ 623 bilhões a mais que no trimestre anterior. A alta, de 2,2%, é a maior no período pós-crise. Para a America Latina, essa taxa chega a 9,8%. Em 2008, US$ 1,5 trilhão sumiu do sistema. Em 2009, bancos foram ainda mais hesitantes em emprestar e o fluxo caiu em quase US$ 2 trilhões.

O comportamento dos bancos apenas fez a crise aumentar, já que empresas deixaram de ter acesso a créditos, não conseguiram rolar suas dívidas e acabaram quebrando. O resultado foi o aumento do desemprego. Por meses, governos injetaram recursos no sistema financeiro para incentivar bancos a voltarem a emprestar. Mas a volta das linhas de crédito levou dois anos para ocorrer, já que muitos ainda temiam turbulências e incertezas em diversos mercados.

Os empréstimos aos países emergentes também chegaram a cair no início da crise, mas logo foram retomados. No caso do Brasil, o País havia perdido US$ 7,6 bilhões em 2008. Mas já se recuperou em 2009. Em 2010, os créditos explodiram. Foram US$ 20,9 bilhões a mais de empréstimos externos no primeiro trimestre, US$ 22 bilhões a mais no segundo trimestre e, entre julho e setembro, o País recebeu o volume recorde de US$ 27 bilhões extras em relação ao que havia acumulado nos meses anteriores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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