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Banco Mundial confirma Abraham Weintraub como diretor-executivo

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deve assumir o cargo no Banco Mundial na primeira semana de agosto

Weintraub: ex-ministro da Educação é alvo de dois inquéritos (Marcelo Camargo/Getty Images)

Weintraub: ex-ministro da Educação é alvo de dois inquéritos (Marcelo Camargo/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 31 de julho de 2020 às 06h20.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 08h44.

O Banco Mundial divulgou um comunicado na noite desta quinta-feira (30) no qual confirmou que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi aprovado como diretor-executivo do conselho da instituição.

"O Banco Mundial confirma que o sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco", informou o banco.

"O sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição. Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas", completou.

Alvo de dois inquéritos, um que apura suposto racismo contra chineses e outro que apura ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Weintraub foi indicado para o Banco Mundial pelo governo do presidente Jair Bolsonaro após deixar o comando do MEC em junho.

A associação dos funcionários do Banco Mundial fez um apelo para que o comitê de ética da instituição suspendesse a indicação de Weintraub enquanto analisava se as declarações dele estão em linha com o código de conduta para os diretores do banco, que exige expressamente o respeito à diversidade.

Em resposta à carta dos funcionários, o presidente do conselho do comitê de ética do banco, Guenther Schoenleitner, disse que o Banco Mundial não tem influência sobre a indicação de diretores executivos, mas não toleraria declarações racistas de qualquer um que esteja servindo a instituição.

(*Com informações da Reuters)

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