BRICS (Siphiwe Sibeko/Reuters)
Repórter
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 07h31.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 07h31.
Em Marrakesh, Marrocos, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o Brasil oficializou um empréstimo de US$ 1 bilhão do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) ou Banco do Brics.
Este financiamento integra o programa estabelecido pelo NBD em 2020, em resposta à pandemia de covid-19. Com o programa, foi disponibilizada uma linha de US$ 2 bilhões para cada país membro. O Brasil, até o momento, acessou metade deste montante com um prazo estabelecido em 30 anos.
Dilma Rousseff, atual presidente do NBD, expressou durante a assinatura do contrato que esforçou-se para que o Brasil pudesse ter acesso ao montante sob as mesmas condições de quando o programa foi lançado. Considerando a alta nos juros e o aumento nos custos de captação, o Brasil se beneficia com a negociação atual.
Países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul são membros fundamentais do NBD. A lista foi ampliada com a entrada de Bangladesh e Emirados Árabes Unidos em 2021, e do Egito em 2023. O Uruguai é visto como um futuro integrante.
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, salientou a crescente proximidade entre Brasil e NBD desde que Dilma assumiu a liderança. O banco tem atualmente 24 projetos brasileiros, somando US$ 6,3 bilhões, dos quais menos de US$ 2 bilhões foram desembolsados até agora.
O NBD também aprovou o financiamento de US$ 84 milhões para Aracaju, em Sergipe. Estes recursos serão alocados em melhorias infraestruturais, especialmente em saneamento e mobilidade, e em iniciativas de prevenção a desastres ambientais. A garantia deste empréstimo é provida pelo governo brasileiro.
Em outra frente, no início deste ano, houve uma tentativa por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de intermediar um crédito do NBD para a Argentina. No entanto, o negócio não se concretizou, enfrentando resistências dentro do bloco.