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Banco Central bloqueia R$ 9,8 mil nas contas de Vaccarezza

O confisco das contas do ex-deputado até o limite de R$ 6 milhões havia sido determinado pelo juiz federal Sérgio Moro

Cândido Vaccarezza: o ex-parlamentar foi preso pela Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Cândido Vaccarezza: o ex-parlamentar foi preso pela Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 17h15.

São Paulo - Bloqueio do Banco Central identificou R$ 9.887,23 em duas contas do ex-deputado Cândido Vaccarezza (ex-PT/SP).

Em uma das contas foi bloqueado R$ 6.529,92. Na outra, R$ 3.357,31. O confisco havia sido determinado pelo juiz federal Sérgio Moro até o limite de R$ 6 milhões.

O ex-parlamentar foi preso pela Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato. No dia em que capturou Vaccarezza, a PF achou cerca de R$ 122 mil em dinheiro em espécie na casa do ex-deputado, na Mooca, em São Paulo.

Vaccarezza afirmou à Polícia Federal na segunda-feira, 21, que uma parte do dinheiro vivo apreendido pela Abate em sua casa é "empréstimo de um amigo" e a outra foi declarada à Receita.

O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara declarou que o valor seria usado para cobrir despesas de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata.

"Uma parte do dinheiro encontrado está declarada no imposto de renda desde o exercício de 2015, a outra tem origem em um empréstimo contraído por um amigo perante a Caixa Econômica Federal e os documentos comprobatórios serão anexados ainda hoje aos autos. O valor apreendido seria usado para o custeio de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata, cujo procedimento preparatório seria realizado hoje (segunda-feira, 21,) pela manhã, em SP, no hospital Sírio Libanês", afirmou.

Vaccarezza é suspeito de receber propina de US$ 500 mil decorrentes de contratos da Petrobrás.

Segundo seu advogado "não há provas de participação de Vaccarezza no esquema que vitimou a Petrobras".

"Os indícios são frágeis e incapazes de sustentar uma ação penal", afirmou Marcellus Ferreira Pinto. "A defesa confia nos Tribunais e acredita na soltura de Vaccarezza após o fim do período da prisão temporária."

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