Agência no Rio fechada devido à greve dos bancários: com os números de hoje, estão paradas 7.324 agências bancárias, equivalentes a 33,73% das 21.713 existentes no país (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 22h10.
São Paulo - Uma semana após o início da greve dos bancários, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou nesta terça-feira (25) nova proposta de reajuste salarial que agradou o Comando Nacional dos Bancários. Em reunião em São Paulo, a proposta oferecida pelo setor patronal foi de 7,5% de reajuste para os salários, o que representa um aumento real de 2%. Os trabalhadores irão votar a oferta em assembleias no País entre amanhã (26) e quinta-feira (27), mas a indicação feita pelos sindicalistas é de aprovação da proposta e fim da greve.
"A nossa avaliação é de que tivemos avanços nos principais pontos da reivindicação e o aumento real de 2% é próximo ao de outras categorias neste ano", afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, complementa: "Nossa greve forte fez com que os bancos fizessem proposta que pode ser apresentada aos trabalhadores. É uma boa proposta. Contempla aumento real, valoriza piso da categoria e dos tíquetes".
Caso os trabalhadores aprovem a proposta da Fenaban, a greve dos bancários termina ainda esta semana. "Quem vai decidir são os trabalhadores em assembleias. Pode ser que amanhã a greve já acabe em algumas cidades e em outras quinta ou sexta, depende das assembleias que serão marcadas pelos sindicatos", disse Cordeiro. De acordo com Juvandia, a greve continua até decisão dos trabalhadores em assembleia. "Só o que pode acabar com a greve são assembleias", disse.
No final de agosto, a Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários, pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores anteriormente era de 10,25% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real. Em 2011, de acordo com Cordeiro, a categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com sete dias de mobilização, a Fenaban ofereceu aumento real de 2%.
Além do reajuste salarial, a Fenaban propôs reajuste de 8,5% (2,95% de aumento real) para piso salarial, vale alimentação e vale refeição. O piso do caixa passa de R$ 1.900,00 para R$ 2.056,89. O vale alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O aumento proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados (PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.
"Tivemos avanços também na questão da segurança bancária, vamos discutir um projeto piloto em conjunto com a Fenaban sobre o assunto. Temos avanços na saúde, na questão da igualdade de oportunidade", disse Cordeiro. Nesta terça-feira, o movimento grevista da categoria entrou no seu oitavo dia. Até segunda-feira (24), de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 9.386 agências estavam fechadas. O número representa cerca de 43% do total de 21.714 unidades no País.