Para bancários, a regulação do setor, como decisões sobre taxas de juros, inflação e crédito, não pode ser feita pelo próprio mercado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 12h45.
Brasília - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) vai realizar amanhã (2) manifestações em frente à sede do Banco Central em Brasília e também nas nove representações da autarquia pelo país. Os bancários são contra as propostas de independência do BC que, segundo a entidade, beneficia apenas o sistema financeiro de bancos privados.
Segundo a entidade, a regulação do setor, como decisões sobre taxas de juros, inflação e crédito, não pode ser feita pelo próprio mercado, mas deve estar alinhada a políticas de Estado e priorizar o interesse da sociedade.
Os atos acontecem em meio à greve nacional dos bancários inciada ontem (30) e que fechou cerca de 6,5 mil agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal, segundo a Contraf. Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real; piso salarial de R$ 2.979; fim das metas abusivas e do assédio moral; vales-alimentação e refeição, cesta-alimentação, décima terceira cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 ao mês; auxílio-educação; gratificação de caixa e de função; e vale-cultura de R$ 112,50.
A Contraf aguarda a manifestação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para uma nova rodada de negociações e espera o crescimento na adesão de trabalhadores à greve. No Distrito Federal, os bancários estão organizados em comitês de esclarecimento, para explicar à categoria a importância de aderir à mobilização.
A Agência Brasil procurou a Federação Brasileira de Bancos, à qual a Fenaban é vinculada, mas não obteve retorno.