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Bancários e outras categorias protestam na Avenida Paulista

De acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT, a maioria das categorias quer aumentos de 5% a 6%, além da reposição da inflação


	Bancários em greve na cidade de Brasília: o Comando Nacional dos Bancários deve se reunir amanhã (21) para tomar uma decisão sobre os rumos do movimento
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Bancários em greve na cidade de Brasília: o Comando Nacional dos Bancários deve se reunir amanhã (21) para tomar uma decisão sobre os rumos do movimento (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 17h58.

São Paulo – Um protesto reuniu hoje (20), na Avenida Paulista, diversas categorias de trabalhadores que estão em campanha por aumento salarial. Ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), os manifestantes centraram as reivindicações no reajuste real dos salários. Mas pediram também redução da jornada de trabalho sem queda da remuneração e não incidência do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

De acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT, a maioria das categorias quer aumentos de 5% a 6%, além da reposição da inflação. Algumas delas, como os bancários e os funcionários dos Correios, estão em greve. Outras, como metalúrgicos, químicos e petroleiros, estão em processo de negociação salarial. “A CUT tem a obrigação de condensar essas lutas todas em uma luta coletiva”, disse.

Chegando ao terceiro dia de paralisação, os bancários participaram da manifestação pedindo aumento real de 5% nos salários. De acordo com Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a categoria também reivindica a ampliação da participação nos lucros e resultados, contratação de pessoal, aumento do piso salarial e do vale-refeição e vale-alimentação. “Há estudos que mostram, no Brasil inteiro, que com o que recebemos não dá para almoçar,” disse. A estimativa é que 24,5 mil bancários em São Paulo, do total de 138 mil bancários, tenham aderido à greve.

Já Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), calcula que 33% das agências bancárias do país estão paradas. Segundo Cordeiro, a paralisação pode ser ampliada para as demais agências se as negociações não avançarem até amanhã (21) e serviços, como atendimento telefônico e autoatendimento, podem ser interrompidos.

Ele disse que a categoria rejeita a única proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos no dia 28 de agosto - de 0,58% de aumento real. O Comando Nacional dos Bancários deve se reunir amanhã (21) para tomar uma decisão sobre os rumos do movimento.

Outra categoria em período de campanha salarial é a dos metalúrgicos, cuja reivindicação é o aumento real de 2,5%. De acordo com Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, 19 dias já extrapolaram a data-base, mas ainda não há acordo. Segundo ele, neste segundo semestre, existem mais de 2 milhões de trabalhadores ligados à Força Sindical em campanha por aumento salarial.

“No primeiro semestre, nós tivemos uma média de 2,2% de aumento real e num cenário pior que este. Agora, com o cenário melhorando, com outras perspectivas, os empresários não querem nem esse índice”, disse.

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