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Bancários de seis capitais do Brasil encerram greve

Paralisação chegou ao fim em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Maceió e Teresina


	Agência bancária fechada por conta da greve dos bancários, em São Paulo
 (Robson Fernandjes/Fotos Públicas)

Agência bancária fechada por conta da greve dos bancários, em São Paulo (Robson Fernandjes/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 22h20.

São Paulo - A greve dos bancários chegou ao fim em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Maceió e Teresina, segundo informações da assessoria de imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Em Curitiba e Porto Alegre, os sindicatos aprovaram as propostas apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e pela Caixa Econômica Federal, mas rejeitaram a oferta do Banco do Brasil.

Segundo a assessoria da Contraf-CUT, um balanço completo sobre as votações das assembleias ao redor do Brasil somente será publicado amanhã devido às dificuldades de obter informações de todos os sindicatos.

O Comando Nacional dos Bancários representa 134 sindicatos e orientou todos a aprovarem a proposta apresentada pela Fenaban na sexta-feira. Também estiveram em pauta nesta segunda-feira propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

A proposta da Fenaban prevê reajuste para salários, gratificações e outras verbas de 8,5%, com ganho acima da inflação de 2,02%. Para o piso da categoria, o aumento é de 9,0%, superando a inflação em 2,49%.

Os valores serão pagos de modo retroativo a 1º de setembro, que é a data base para a categoria renegociar os contratos de trabalho. Esse é o maior ganho real não escalonado desde 1995, segundo informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Já o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal se comprometeram, entre outros itens, a contratarem mais dois mil empregados até o fim do próximo ano.

A Caixa irá reajustar toda a tabela salarial em 9,0%, e o Banco do Brasil propôs aumento de 9,0% no piso e na carreira de antiguidade, mas ofereceu um reajuste de 8,5% para o valor de referência.

Também estavam na pauta deste ano da Fenaban pontos como 14º salário, participação nos lucros e vales-alimentação e refeição.

A Fenaban propôs um reajuste de 12,2% no vale-refeição, para R$ 26,00 ao dia, e de 8,5% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja regra agora será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.838, com teto em R$ 9.860.

Também está prevista uma distribuição adicional de 2,2% do lucro líquido, dividida igualmente entre todos os funcionários, com o teto em R$ 3.675,98.

A greve nacional foi aprovada na noite de 29 de setembro. Entre as reivindicações da categoria estavam reajuste salarial de 12,5%, com a recomposição da inflação medida pelo INPC e aumento real de 5,8%, elevando o piso salarial a R$ 2.979,25.

No ano passado, os bancários promoveram uma greve nacional de 23 dias, e a categoria somente retomou as atividades em todo o País após um reajuste de 8,0%, o que representou um ganho real de 1,82%.

Os bancários ainda pedem o fim de metas consideradas abusivas. A proposta da Fenaban proíbe a cobrança de metas não somente por SMS, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.

Para compensar os dias parados por conta da greve nacional, a Fenaban ofereceu a compensação de uma hora por dia entre 15 de outubro e 31 de outubro, para quem trabalha seis horas por dia.

Para funcionários com carga horária de oito horas por dia, a compensação ocorrerá entre 15 de outubro e 7 de novembro.

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