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Bancada tucana vai declarar voto aberto ainda que Senado opte por secreto

Senadores do PSDB ainda analisam oficializar Tasso Jereissati candidato; eles não devem apoiar candidatura avulsa do MDB se a sigla lançar mesmo Renan

SENADO: disputa pela presidência pode ter até oito candidatos  | Marcos Oliveira/Agência Senado /  (Marcos Oliveira/Agência Senado)

SENADO: disputa pela presidência pode ter até oito candidatos | Marcos Oliveira/Agência Senado / (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 16h19.

Brasília - A bancada do PSDB se reuniu na noite desta segunda-feira, 28, em Brasília, e decidiu que não deverá apoiar a candidatura dissidente da senadora Simone Tebet (MDB-MS), caso o MDB decida mesmo lançar o senador Renan Calheiros (AL) para a disputa à Presidência da Casa.

Neste cenário, os tucanos ainda analisam se vão mesmo oficializar o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como candidato ou se apoiariam uma terceira candidatura. Além disso, a bancada decidiu, como um todo, que vai votar abertamente mesmo que o Senado opte por fazer uma eleição secreta.

A reportagem do Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, na reunião, que entrou pela madrugada desta terça-feira, 29, os tucanos chegaram à conclusão de que não devem apoiar uma candidatura avulsa do MDB, se a legenda resolver mesmo lançar Renan Calheiros para a disputa. Isso porque a senadora Simone Tebet tem dado sinais de que pode levar seu nome para o plenário mesmo se tiver minoria no seu partido, numa espécie de candidatura avulsa.

"A gente só pode considerar isso (candidatura da Simone Tebet) se tiver uma decisão formal do MDB, mas dissidência não tem condição. É difícil ela ganhar do Renan, mas eles têm uma reunião hoje (terça) sobre isso. (Se o MDB for com o Renan) ou o PSDB vai com Tasso ou com outro, estamos num momento de conversa", disse o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

O posicionamento do PSDB contraria o esperado pela senadora do Mato Grosso do Sul. Até esta segunda-feira, Simone Tebet contava com uma sinalização de que os tucanos poderiam fazer justamente o oposto: anunciar antecipadamente que o MDB teria o apoio dos tucanos somente se optassem por seu nome. Seria uma forma de forçar os emedebistas a optarem pelo nome dela. O PSDB hesitou, no entanto, sobre um direcionamento tão enfático como este.

A outra deliberação é que os tucanos não vão esperar o MDB escolher seu candidato para só depois se posicionar. Por conta disso, a bancada deve voltar a se reunir nesta quarta-feira, 30, para fazer uma nova avaliação do cenário político. Os senadores do partido ficaram com a tarefa de conversar com outras bancadas sobre o impasse em relação à candidatura do MDB, já que o partido está dividido entre Renan Calheiros e Simone Tebet.

Um dos pontos discutidos também foi a questão do voto aberto. A maioria da bancada fez consenso de que a legenda tem de defender que a eleição não seja secreta, mas sim nominal, apesar da questão não estar explícita no regimento e ter decisão contrária do Supremo Tribunal Federal.

"Teve uma decisão unânime: o PSDB defende o voto aberto, vai todo mundo votar aberto. O resto nós estamos decidindo ainda. Tasso é candidato, mas estamos buscando entendimentos porque não vamos ganhar a eleição sozinhos, só com a bancada", afirmou Izalci.

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