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Bancada do PT endossa obstrução à minirreforma

Reunião da bancada do partido isolou a posição do deputado Cândido Vaccarezza, defensor da votação da minirreforma eleitoral


	Cândido Vacarezza: deputado do PT é coordenador do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre a reforma política
 (Antonio Cruz/ABr)

Cândido Vacarezza: deputado do PT é coordenador do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre a reforma política (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 20h12.

Brasília - Após mais de duas horas de reunião, a bancada do PT na Câmara dos Deputados endossou a recomendação da Executiva do partido de obstruir as discussões sobre a minirreforma eleitoral aprovada no Senado. "Vamos fazer um velório e enterrá-la daqui para a próxima semana", anunciou o líder do PT, José Guimarães (CE). O presidente nacional da sigla, Rui Falcão, acompanhou a reunião que isolou a posição do deputado Cândido Vaccarezza (SP), defensor da votação da minirreforma.

Com a abstenção de Vaccarezza, os petistas decidiram se colocar contra a minirreforma e avisaram que se a matéria for à votação, a bancada vai obstruí-la. No encontro, foi reforçado o apoio ao decreto legislativo convocando os eleitores para um plebiscito da reforma política e o apelo às entidades civis para que encampem a iniciativa. A bancada do partido anunciou que qualquer discussão sobre reforma política que não inclua bandeiras do PT (financiamento público de campanha, voto em lista, paridade de gênero e Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma) não será sequer debatida pela sigla.

Na próxima semana, a bancada vai deliberar sobre as propostas apresentadas até agora pelo Grupo de Trabalho da Câmara para Reforma Política. Guimarães, no entanto, já adiantou que os temas defendidos no grupo, entre eles o fim da reeleição, o voto distrital misto e a coincidência de mandato serão rechaçados pela bancada. "É um duro golpe na proposta do PT", classificou.

Vaccarezza, que é coordenador do Grupo de Trabalho, deixou a reunião antes do término admitindo não ter apoio suficiente para "derrubar" a resolução da Executiva Nacional. O petista pretende recorrer ao Diretório Nacional contra a posição da Executiva. "Ele está em minoria, como muitos de nós já estivemos", minimizou Falcão.

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