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Balneário Camboriú: Chuvas deixam valas em praia alargada

A prefeitura montou uma força-tarefa para recuperação do local e outros pontos atingidos na cidade

Balenário Camboriú: Esta não foi a primeira vez que o trecho alargado da praia apresenta problemas (Prefeitura de Balneário Camboriú/Facebook/Divulgação)

Balenário Camboriú: Esta não foi a primeira vez que o trecho alargado da praia apresenta problemas (Prefeitura de Balneário Camboriú/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2022 às 07h08.

Última atualização em 23 de dezembro de 2022 às 07h09.

As chuvas que atingiram o litoral de Santa Catarina nesta semana provocando mortes e alagamentos no Estado, também deixaram valas na faixa de areia alargada da Praia Central de Balenário Camboriú. A prefeitura montou uma força-tarefa para recuperação do local e outros pontos atingidos na cidade, e ainda espera receber cerca de 2 milhões de turistas para a virada de ano. Os problemas na faixa de areia e na qualidade da água não espantaram os banhistas nesta quinta-feira, 22.

As imagens após as chuvas mostram que a Praia Central, onde houve alargamento da faixa de areia, tinha se tornado um lamaçal com algumas valas. Desde a redução das chuvas, na noite de terça-feira, 20, equipes da prefeitura fazem a limpeza e recuperação da cidade, que foi atingida com alagamentos. Nesta quinta, o trabalho continuava com mais de cem funcionários mobilizados para o serviço.

As equipes estão divididas para fazer a retirada da lama e de entulhos das vias, como madeiras, restos de mobiliários, galhos e lixo, além da varrição e lavagem do asfalto. Para os trabalhos são utilizados cerca de 20 veículos, entre caminhões basculantes hidrojatos e patrolas.

Nos trechos em que valas se formaram na faixa de areia a prefeitura utilizou maquinários para tapá-las. Segundo a prefeitura, a areia da praia central continua sendo nivelada pelos caminhões e tratores da Secretaria de Obras.

Esta não foi a primeira vez que o trecho alargado da praia apresenta problemas. Em outubro deste ano, um degrau íngreme de cerca de um metro de altura foi escavado pelo mar na faixa de areia da Praia Central.

Na época, a prefeitura informou que se tratava de um fenômeno natural, que era a formação da escarpa. Quase seis quilômetros da orla tiveram a faixa de areia alargada de 25 metros para 70 metros em média para possibilitar que os banhistas voltassem a se expor ao sol.

Na segunda-feira, 19, quando fortes chuvas atingiam o litoral catarinense, um relatório do Instituto de Meio Ambiente (IMA), que monitora semanalmente mais de 100 praias do litoral do Estado durante a temporada, indicou que os 10 pontos da Praia Central de Balneário Camboriú estavam impróprios para banho.

Especialistas apontam que há problemas relacionados ao esgoto irregular, mas também afirmam que os temporais influenciam na balneabilidade.

Em 21 de novembro, havia sido a última vez que pontos da Praia Central estavam impróprios para banho. O argumento de que a coleta foi realizada em meio aos temporais é usado pela prefeitura para criticar a avaliação da qualidade da água feita pelo instituto.

O relatório mais recente publicado pela Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa), de 14 de dezembro, aponta somente três pontos impróprios para banho de 15 avaliados.

A prefeitura do município afirma que não é verdade que a praia central está imprópria para banho nesta quinta-feira e que a coleta de amostras logo após uma chuva em qualquer praia urbana apresentará resultado inadequado. Além disso, o município informou que nas outras praias da cidade não ocorreram problemas com as chuvas e a qualidade da água.

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