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Aziz aceita tornar público conteúdo de perícia de celular de Dominguetti

Dominguetti confirmou na semana passada ter recebido pedido de propina para fechar contrato com o Ministério da Saúde ao oferecer vacina da AstraZeneca

Em pronunciamento, à CPI representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Em pronunciamento, à CPI representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2021 às 18h32.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), decidiu tornar público o conteúdo da perícia realizada no celular do policial Luiz Paulo Dominguetti. A medida foi realizada durante o depoimento de Dominguetti ao colegiado na semana passada, quando confirmou ter recebido pedido de propina para fechar contrato com o Ministério da Saúde ao oferecer vacina da AstraZeneca.

O pedido para retirar o sigilo do material foi feito pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). A questão foi levantada durante o depoimento da fiscal do contrato da Covaxin, Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde.

A perícia foi feita no celular de Dominguetti após o policial exibir durante a sessão da CPI um áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF), supondo que se trataria de uma negociação de vacinas pelo parlamentar - o que foi desmentido depois. Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, foram os responsáveis por denunciar as suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin. Na ocasião, senadores questionaram a possibilidade de a gravação ter sido "plantada" para desqualificar as denúncias dos irmãos Miranda.

Senador governista, Marcos Rogério (DEM-RO) protestou contra a iniciativa de retirar o sigilo do material de Dominguetti. "Tornar público, me parece que estamos diante de uma falta grave", disse.

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