Brasil

Azeredo vê motivação política na acusação de Janot

Ex-deputado escreveu uma "carta de reflexão" em que ataca as alegações finais feitas pelo Procurador Geral da República


	Ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG): tucano afirma que a peça jurídica contém "motivação política" e a classifica como "um conjunto de erros e deliberadas omissões"
 (José Cruz/Agência Brasil)

Ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG): tucano afirma que a peça jurídica contém "motivação política" e a classifica como "um conjunto de erros e deliberadas omissões" (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 20h11.

Brasília - O ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) escreveu uma "carta de reflexão", obtida pelo Estado, em que ataca as alegações finais feitas pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O tucano afirma que a peça jurídica contém "motivação política" e a classifica como "um conjunto de erros e deliberadas omissões" e "um atentado à democracia".

Réu nos crimes de peculato e de lavagem de dinheiro, Azeredo acusa Janot de utilizar em sua denúncia documentos produzidos por um falsário e de validá-los "levianamente", citando a inclusão de provas apresentadas pela testemunha Nilton Monteiro, atualmente preso por falsificação.

Os ataques não se restringem apenas a testemunhas e à contestação de provas, mas à própria procuradoria. "É constrangedor ver a PGR ir muito além da prudência e da isenção esperada da instituição e defender de forma absoluta e incompreensível o caráter da sua testemunha", escreveu Azeredo.

Dizendo estar deprimido, o ex-governador contou com a ajuda de seus advogados para redigir a carta e rebater ponto a ponto as supostas fragilidades da acusação produzida por Janot. O ex-deputado resume sua visão sobre o documento: "A fragilidade jurídica da peça, as contradições ignoradas e as propositais omissões nela presentes reforçam a suspeita de que a peça foi desenvolvida de forma a tentar validar uma tese política preconcebida".

O tucano encerra sua carta com duas perguntas: "Como pode a PGR basear decisão tão importante em evidências tão frágeis, contraditórias e que não se sustentam diante de qualquer investigação séria? A Procuradoria Geral da Republica é instituição fundamental para o País. O procurador-geral é tido como um homem de bem. Então, o que aconteceu?, finalizou.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Revalida divulga resultado de recursos para atendimento especializado

Com segurança reforçada, Alexandre de Moraes recebe homenagem no Tribunal de Contas de SP

Nova onda de frio terá ciclone e 'chuva congelada' no Brasil; veja quando começa

São Paulo terá chuva, rajadas de vento e temperatura de 6 ºC; Defesa Civil emite alerta