Carlos Ayres Britto, do STF: de acordo com Britto, uma das inovações metodológicas que poderá agilizar o julgamento é a economia no relato dos fatos (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 15h24.
Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, acredita que a fase de fixação das penas da Ação Penal 470, o processo do mensalão, será mais ágil a partir de hoje (7). O julgamento foi retomado nesta tarde depois de quase duas semanas de intervalo, com a continuação das discussões sobre as penas do réu Ramon Hollerbach, ex-sócio do publicitário Marcos Valério.
“O clima, nessa semana de reflexão, de trégua mental, nos levou a repensar a própria metodologia de trabalho. O ministro Joaquim me antecipou que vai inovar um pouquinho na metodologia. Isso nos anima a supor, a acreditar que nas próximas quatro sessões, talvez uma quinta sessão extraordinária, quem sabe, deveremos concluir”, disse Britto.
Britto irá se aposentar compulsoriamente na próxima semana ao completar 70 anos, e tem apenas mais quatro sessões ordinárias para discutir o mensalão – haverá uma sessão extra nesta sexta-feira (9), mas a Ação Penal 470 não está na pauta. A última sessão ordinária do presidente será no dia 14 de novembro, mas ele ainda estuda convocar uma sessão extraordinária para o dia 16, seu último dia de trabalho na Corte, para discussão do mensalão.
De acordo com Britto, uma das inovações metodológicas que poderá agilizar o julgamento é a economia no relato dos fatos, pois eles já são conhecidos. O ministro disse que foi acertado nos bastidores que na semana que vem haverá uma espécie de “mutirão” para agilizar o julgamento.