A América do Sul mantém a liderança como principal destino internacional (KLM/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 20 de setembro de 2025 às 15h56.
O transporte aéreo brasileiro não apenas se recuperou da pandemia, como já opera acima dos níveis de 2019. Nos primeiros oito meses de 2025, o setor movimentou 84,6 milhões de passageiros – um crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2019.
Os dados do Ministério de Portos e Aeroportos revelam uma mudança no mapa de destinos internacionais. A Ásia lidera o ranking de crescimento de voos, com alta de 34% no número de passageiros em relação a 2019. A América Central vem na sequência com crescimento de 28,5%, seguida pela América do Sul (21%) e Europa (13%).
O movimento oposto acontece com destinos tradicionais: a América do Norte registrou queda de 1%, enquanto a África teve retração mais acentuada de 37%.
Pensei em comprar dólar mesmo sem viagem marcada: especialistas me convenceram do contrário"Temos um crescimento na renda do brasileiro e um interesse dos estrangeiros pelo turismo de lazer e de negócios no nosso país. O crescimento nos números da aviação mostra isso", afirma o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O desempenho geral nos oito primeiros meses foi sustentado pelos dois mercados. O crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2024 resulta da expansão de 14,8% nos voos internacionais – que movimentaram 18,8 milhões de pessoas – e de 8,2% nos domésticos, com 65,8 milhões de passageiros.
A América do Sul mantém a liderança como principal destino internacional, concentrando 41% de todo o movimento exterior com 7,8 milhões de passageiros. Argentina permanece como favorita com 3,2 milhões de viajantes, seguida pelo Chile com 2,3 milhões.
Embora tenha o maior crescimento percentual desde a pandemia, a Ásia ainda representa um mercado de nicho no Brasil, com 551 mil passageiros nos primeiros oito meses.
Veja a distribuição dos passageiros internacionais (jan-ago/2025):