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Avanço da discussão eleitoral é "natural", diz Cardozo

"A agenda eleitoral brasileira é dinâmica. Nós temos eleição de dois em dois anos. Quando você sai de uma eleição, começa outra", disse o ministro


	De acordo com o ministro da justiça, a antecedência do debate eleitoral não ajuda nem prejudica Dilma, mas, simplesmente, representa a regra do jogo
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

De acordo com o ministro da justiça, a antecedência do debate eleitoral não ajuda nem prejudica Dilma, mas, simplesmente, representa a regra do jogo (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 15h18.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, considerou "natural", dentro do sistema político do Brasil, a antecipação da disputa para presidente, a um ano e meio da eleição de 2014.

"A agenda eleitoral brasileira é dinâmica. Nós temos eleição de dois em dois anos. Quando você sai de uma eleição, começa outra", disse nesta terça-feira, minimizando as críticas da oposição à presidente Dilma Rousseff, acusada de tirar proveito da exposição do cargo para estabelecer vantagem sobre os eventuais adversários.

De acordo com Cardozo, a antecedência do debate eleitoral não ajuda nem prejudica Dilma, mas, simplesmente, representa a regra do jogo. "A democracia é assim mesmo, ela é bem-vinda. Hoje, nós já começamos a viver, a respirar o clima de 2014. Então, o debate político coloca-se", afirmou.

Ele deu a declaração após participar da reunião de instalação do Conselho de Ministros da Câmara Nacional das Relações de Consumo do Plano Nacional de Defesa do Consumidor (Plandec), criado por decreto da presidente no início do mês.

Indagado sobre se não seria inadequado, Cardozo insistiu que essa é uma característica do conjunto eleitoral democrático. "Num calendário com eleições a cada dois anos, é absolutamente natural que, quando você saia de uma eleição, você já comece a articular, a pensar a debater outra. É uma realidade brasileira, é um calendário que tem essas características e, portanto, nada de novo", reforçou.

Quanto à reforma ministerial iniciada por Dilma para acomodar aliados insatisfeitos, visando ao pleito de 2014, o ministro da Justiça não quis arriscar qual a extensão e quais membros do ministério estariam assegurados na função. "Nós tivemos uma troca agora no Ministério dos Transportes. Evidentemente, todos os ministros são subordinados da presidente, que avalia as condições políticas e as situações que fazem com que nós permaneçamos no cargo ou não. A decisão é da presidente."

Dilma começou a reforma em março, com a troca dos então ministros do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, e das Secretarias de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, e de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Moreira Franco. No lugar de Brizola Neto, ficou o novo ministro Manoel Dias. Em substituição a Ribeiro, foi nomeado o ministro Antônio Andrade. Na SAC, entrou Moreira Franco, e na SAE, está o ministro interino Marcelo Côrtes Néri. Nesta segunda-feira (01), o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, foi trocado pelo vice-presidente do Banco do Brasil (BB) e ex-governador da Bahia, César Borges, uma fórmula para reacomodar o PR na base aliada.

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