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Avaliação do governo sobe, e Dilma se descola de denúncias

Comparado aos percentuais dos primeiros mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, o governo atual tem a melhor aprovação

Dilma manteve alta sua aprovação pessoal, apesar das denúncias que provocaram a queda de ministros (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Dilma manteve alta sua aprovação pessoal, apesar das denúncias que provocaram a queda de ministros (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h40.

Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff cresceu em dezembro em grande parte por conta da situação econômica, e a presidente manteve alta sua aprovação pessoal, apesar das denúncias que provocaram a queda de ministros, apontou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.

De acordo com o último levantamento do Ibope neste ano, 56 por cento dos entrevistados consideram o governo Dilma ótimo ou bom, contra 51 por cento em setembro.

Comparado aos percentuais dos primeiros mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, o governo Dilma tem a melhor aprovação. O governo Lula obteve a avaliação positiva de 41 por cento do eleitorado em dezembro de 2003, enquanto 43 por cento aprovavam o governo FHC em dezembro de 1995.

"O que a gente percebe é que há uma correlação muito forte entre a avaliação do governo e a questão do desemprego e do crescimento da economia", afirmou o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

"Você tem uma população bastante satisfeita com relação à economia e isso acaba refletindo na sua avaliação do governo", avaliou. "A economia está indo bem, as pessoas avaliam bem o governo."

Segundo a pesquisa, os percentuais dos que desaprovam as ações de combate à inflação e a política de juros do governo apresentaram queda, mas ainda superam o patamar de 50 por cento.

O percentual dos que não aprovam as ações de combate à inflação caiu de 55 por cento em setembro, para 52 por cento em dezembro. Já os eleitores contrários à política de juros somam 56 por cento em dezembro, contra 59 por cento em setembro.

As políticas de tributos e de saúde são as piores avaliadas, segundo a pesquisa. Os que desaprovam a política tributária somam 66 por cento dos entrevistados, já os que mostraram descontentamento com a área da saúde somam 67 por cento.


Dilma "descolada"

O levantamento também apurou a avaliação pessoal da presidente. Dentre os entrevistados 72 por cento aprovam a maneira de governar de Dilma, ante 71 por cento em setembro, variação dentro da margem de erro da pesquisa.

Os dados da sondagem que apontaram variação dentro da margem de erro da avaliação pessoal de Dilma demonstram, na análise de Fonseca, que a presidente conseguiu se descolar das demissões de ministros em meio a denúncias de irregularidades. Sete ministros deixaram o governo, seis deles alvo de suspeitas.

"A presidente Dilma conseguiu praticamente se blindar dos efeitos dessa crise (política). Você percebe que a presidente conseguiu se distanciar dessas denúncias... As pessoas estão culpando muito mais os ministros do que a presidente", afirmou o gerente executivo a jornalistas.

Segundo o CNI/Ibope, 28 por cento dos entrevistados lembram de alguma notícia de corrupção relacionada ao governo, o que faz deste assunto o mais lembrado entre os entrevistados no levantamento.

A pesquisa mostrou ainda que 32 por cento apontam o governo Dilma como regular, contra 34 por cento na sondagem anterior, e 9 por cento o classificam como péssimo ou ruim, ante 11 por cento em setembro.

De acordo com a sondagem, 21 por cento desaprovam a presidente, mesmo número registrado em setembro. Sete por cento não soube responder.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 2 e 5 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

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