Brasil

Auxiliares de Bolsonaro mantêm ativo marketing digital no recesso

Como as redes sociais se tornaram o principal canal de comunicação do deputado, auxiliares trabalham nas férias para manter ativo seu marketing digital

Jair Bolsonaro: auxiliares fazem reuniões, editam vídeos e fotos, além de discutir conteúdos e estratégias de marketing (Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)

Jair Bolsonaro: auxiliares fazem reuniões, editam vídeos e fotos, além de discutir conteúdos e estratégias de marketing (Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 09h42.

Brasília - Na semana passada, quando o pré-candidato à Presidência e deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comemorava ter alcançado 5 milhões de seguidores no Facebook e 400 mil no YouTube, o gabinete do parlamentar manteve o ritmo de trabalho durante o recesso dos congressistas.

Como as redes sociais se tornaram o principal canal de comunicação direta entre o deputado e seu eleitorado, seus auxiliares estão dando expediente nas férias para manter ativo o marketing digital do presidenciável.

Sem a presença do parlamentar em Brasília, seus auxiliares fazem reuniões, editam vídeos e fotos, além de discutir conteúdos e estratégias de marketing.

O material replicado nas redes por simpatizantes e canais autodeclarados conservadores é produzido dentro da Câmara, no gabinete de Bolsonaro, e divulgado primeiro pelo deputado e seus filhos parlamentares.

Presença quase que diária no gabinete é a de Floriano Barbosa de Amorim Neto, responsável pelo marketing nas redes do deputado desde 2015. Floriano é lotado como secretário parlamentar do gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).

A reportagem esteve nos gabinetes quatro vezes na semana passada. Na maioria das vezes, três funcionários estavam presentes.

Na terça-feira, 9, cinco assessores se reuniram para discutir a divulgação da economia de gastos do gabinete no período de 2010 a 2017.

Mais tarde, ao ser revelado que o deputado superestimou os valores divulgados, foi obrigado a assumir nas redes sociais que os dados publicados estavam incorretos.

Levantamento

Um estudo do pesquisador Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo, mostra que tanto a audiência conservadora (incluindo simpatizantes e internautas de direita) quanto o público "progressista" (não apoiadores do deputado) disseminaram no Facebook notícias com viés negativo sobre o presidenciável na semana passada.

Foi analisado o engajamento desse tipo de noticiário de 105.307 usuários, sendo 54.537 com perfil progressista e 50.770 conservador.

"As audiências mais conservadoras e mais progressistas viralizaram notícias - com viés negativo - sobre Bolsonaro. A audiência progressista foi mais atuante", diz Malini.

Segundo o estudo, a audiência de esquerda propagou a interpretação de que "Bolsonaro é desqualificado para a Presidência". Apesar disso, os comentários mais populares saíram em defesa do deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Jair BolsonaroPolíticosRedes sociais

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas