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Autor de texto contra PEC usou maconha estragada, diz Fraga

Integrante da chamada "bancada da bala", o deputado Alberto Fraga criticou texto escrito por grupo contrário à redução da maioridade penal


	Deputado Alberto Fraga (DEM-DF): autor do texto contra a PEC da redução da maioridade penal "ou fumou maconha estragada ou não sabe o que diz", disse
 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Divulgação)

Deputado Alberto Fraga (DEM-DF): autor do texto contra a PEC da redução da maioridade penal "ou fumou maconha estragada ou não sabe o que diz", disse (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 22h35.

Brasília - Integrante da chamada "bancada da bala", o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), coronel da reserva da Polícia Militar, criticou texto escrito pelo grupo parlamentar contrário à redução da maioridade penal.

"Quem escreveu isso aqui ou fumou maconha estragada ou não sabe o que diz", afirmou da tribuna o deputado.

A discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) começou por volta das 20h20. Doze parlamentares falam a favor e doze contra. Somente depois dos debates é que a votação de fato começa.

Ao concluir seu discurso, Fraga foi alvo de manifestação de estudantes que acompanham a sessão nas galerias do plenário.

Outros deputados da "bancada da bala", todos vestindo camisetas pretas onde se lê "Redução da maioridade penal já", reagiram.

O Capitão Augusto (PR-SP) olhou para os manifestantes e friccionou os dedos em gesto feito para insinuar dinheiro. O deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) gritou contra os estudantes.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaçou retirar os manifestantes da galeria.

Contra

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) foi um dos parlamentares a falar contra a redução da maioridade penal. Segundo Valente, com a redução, o crime organizado passará a recrutar adolescentes ainda mais jovens, aumentando a criminalidade.

"Reduzir a maioridade penal aumenta a violência na sociedade. Não diminui. É ineficaz", afirmou Valente. "Não somos vingadores. Somos legisladores. Temos que garantir o futuro da nossa juventude. O mesmo Estado que não acolhe, que não dá educação, cultura, lazer, não pode ser o Estado da punição", disse Ivan Valente.

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