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Aumento de gastos em janeiro não põe em risco cortes, diz governo

Secretário do Tesouro Nacional nega que resultado do mês será repetido e defende aumento dos investimentos

O secretário Arno Augustin: aumento dos investimentos deve desacelerar (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

O secretário Arno Augustin: aumento dos investimentos deve desacelerar (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 17h59.

Brasília – O aumento de 24% das despesas federais em janeiro não porá em risco o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento anunciado há duas semanas, disse hoje (24) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, o comportamento dos gastos no último mês não reflete a tendência para 2011.

“Um mês não é suficiente para refletir a tendência dos gastos para todo o ano, até porque, em janeiro, os gastos foram afetados por empenhos [autorizações] feitos no fim do ano passado”, declarou o secretário. Ele, no entanto, afirmou que os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) e com pessoal, que cresceram no mês passado, vão se desacelerar nos próximos meses.

De acordo com Augustin, as despesas de custeio, que aumentaram 35,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, e de pessoal, que subiram 10,5% no período, reduzirão o ritmo de crescimento. “Na comparação com o PIB [Produto Interno Bruto] nominal, as despesas com pessoal caíram 1,7% [cresceram menos que o PIB]".

Para o secretário, o único tipo de despesa que terá crescimento significativo em 2011 serão os investimentos. “Mesmo assim, os investimentos crescerão menos neste ano que em 2010”, estimou. No ano passado, os gastos com investimentos subiram 38%.

O secretário também disse que o governo pode emitir títulos em reais no exterior ainda no primeiro semestre. Por meio dessas emissões, o Tesouro capta recursos no exterior, mas transfere todo o risco para os compradores, que assumem o prejuízo em caso de desvalorização do real.

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