São Paulo - O superintendente de regulação, custos e tarifas da Cia. De Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), José Sílvio Xavier, afirmou que a revisão tarifária extraordinária de 13,8% concedida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) à estatal garante o equilíbrio econômico da companhia, "mas não o financeiro".
A Sabesp pede um aumento de 22,70%.
A proposta da Sabesp considera uma revisão tarifária extraordinária de 13,82%, que leva em conta o aumento de custos com energia elétrica e a queda do volume faturado - e um reajuste tarifário de 7,80%, composto pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,13%, menos o fator de produtividade de 0,94% e mais o resíduo de 0,57% do ajuste compensatório retroativo.
Segundo ele, a Sabesp pede que a Arsesp conceda um reajuste definitivo, adicionando um resíduo compensatório retroativo.
"Nosso pleito é de que a Arsesp calcule o reajuste definitivo", afirmou, em apresentação durante audiência pública realizada pela Arsesp.
"A Sabesp precisa da recomposição tarifária hoje, não daqui a dois anos, quando haverá a revisão tarifária ordinária", acrescentou.
Segundo a Arsesp, foi autorizado um aumento de 6,3% na fatura da Sabesp para repor o aumento das despesas com a energia elétrica, alegado pela companhia, e da queda do consumo de água na Grande São Paulo em decorrência da crise, e 7% de correção inflacionária de 12 meses pelo IPCA.
O último reajuste na conta da Sabesp foi de 6,5% e entrou em vigor no dia 27 de dezembro de 2014.
O aumento, que seria de 5,4%, havia sido autorizado pela Arsesp em abril de 2014, mas sua aplicação foi adiada pela companhia por decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputou e venceu a reeleição em outubro.
O aumento de 1% aconteceu a título de compensação pelo adiamento da aplicação do reajuste, mas não é considerado suficiente pela Sabesp.
Xavier frisou que a Sabesp não pleiteia compensações por fatores como deterioração macroeconômica, aumento de despesas decorrentes, aumento de investimentos decorrentes, concessão de bônus ou desvalorização cambial.
"Até poderíamos pleitear isso, do ponto de vista jurídico, mas estamos nos restringindo à energia elétrica e ao volume faturado", disse.
O executivo comparou ainda o pedido da Sabesp ao da Copasa, que foi autorizada recentemente pelo órgão regulador a reajustar suas tarifas em 15%, levando em consideração somente custos com energia elétrica.
Ele indicou que o reajuste da Sabesp teria que ser maior que o da Copasa, uma vez que o pleito da estatal paulista considera também a queda do volume faturado.
Xavier afirmou ainda que a Sabesp continua investindo e que tem "uma das tarifas mais baixas" entre as concessionárias estaduais de saneamento do Brasil.
Ele também apontou que a companhia tem atuado "firmemente" na redução de perdas. A Arsesp informou que pretende divulgar o resultado final da revisão tarifária extraordinária em 25 de abril.
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1. Uma conta preocupante
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São Paulo - Você já parou para pensar em quanta
água se perde no caminho entre a estação de tratamento e a torneira da sua casa? Não é pouca coisa. De cada 100 litros de água coletada e tratada, em média, apenas 67 litros chegam são e salvos. Os outros 37% se perdem no caminho, junto com o dinheiro investido no sanemaneto básico. O prejuízo financeiro com as perdas de água em todo o Brasil atinge nada menos do que R$ 8 bilhões ao ano, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, feito com base nos dados mais recentes do Minsitéiro das Cidades, relativos a 2013. É uma perda inadmissível, tanto para um recurso tão precioso e cada vez mais escasso como a água, quanto para um setor que ainda
caminha a passos lentos para garantir rede de esgoto e água encanada para todos os brasileiros. Ligações clandestinas, infraestrutura desgastada, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas no consumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras, sejam públicas ou privadas. Pelos cálculos da ONG, todo o volume perdido em 2013 equivale a 6,5 vezes a capacidade do Sistema Cantareira (sem considerar as reservas técnicas). Conforme a pesquisa, as perdas de água representam um entrave para a expansão das redes de distribuição do saneamento além de aumentar a pressão sobre os recursos naturais, agravando quadros de escassez hídrica, já que mais água precisa ser retirada da natureza. Segundo o estudo, se em cinco anos houvesse uma queda de 15% nas perdas de faturamento no
Brasil, os ganhos totais acumulados em relação ao ano inicial seriam da ordem de R$3,85 bilhões. O estudo traz os dados de perdas das
100 maiores cidades do país, onde estão 81 milhões de pessoas, 40% da população do Brasil. A média de perdas na distribuição nas 100 cidades foi de 42,04%, maior que a média nacional. Veja nas fotos as 30 cidades que mais perdem água (na distribuição) e dinheiro (perdas de faturamento) no País.
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2. 1. Macapá
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3. 3. Porto Velho
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3/28 (Wilson Dias/Abr)
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4. 4. Paulista
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4/28 (Wagner de Lima/ Wikimedia Commons)
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5. 5. Cuiabá
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5/28 (Divulgação/ Embratur)
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6. 6. São Luis
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6/28 (Wikimedia Commons)
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7. 7. Várzea Grande
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7/28 (Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons)
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8. 8. Maceió
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9. 9. Mossoró
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10. 10. Rio Branco
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10/28 (Embratur/Fotos Públicas)
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11. 12. Olinda
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11/28 (Prefeitura de Olinda/Wikimedia Commons)
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12. 13. Mogi das Cruzes
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13. 14. Natal
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13/28 (Camilla Veras Mota/Viagem e Turismo)
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14. 15. Aracaju
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14/28 (FRANCO HOFFCHNEIDER/ Guia Quatro Rodas)
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15. 16. Boa Vista
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15/28 (Tiago Orihuela/ Prefeitura Boa Vista)
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16. 17. Cariacica
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16/28 (Lucas Calazans/ Divulgação/Perfil do Facebook de Cariacica)
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17. 18. Teresina
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17/28 (Wikimedia Commons)
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18. 19. Canoas
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18/28 (Divulgação/Prefeitura de Canoas)
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19. 20. Salvador
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19/28 (Mario Tama/Getty Images)
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20. 22. Osasco
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20/28 (Chadner/ Wikimedia Commons)
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21. 23. Itaquaquecetuba
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21/28 (Divulgação/Prefeitura de Itaquaquecetuba)
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22. 24. Ribeirão das Neves
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22/28 (Divulgação/Facebook/Prefeitura de Ribeirão das Neves (MG))
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23. 25. São Vicente
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23/28 (Wikimedia Commons/Fabio Luiz)
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24. 26. Guarujá
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24/28 (Priscila Zambotto/Viagem e Turismo)
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25. 27. Belém
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25/28 (Divulgação/Embratur)
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26. 28. Recife
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26/28 (REUTERS/Paulo Whitaker)
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27. 29. Caruaru
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27/28 (Facebook/Divulgação/ Prefeitura de Caruaru)
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28. 30. Governador Valadares
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28/28 (Picasa Web/Wikimedia Commons)