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Aumenta para sete número de mortos em desabamentos no Rio

Ao menos sete pessoas morreram na sexta-feira e 17 permanecem desaparecidas neste sábado

Muzema: dois edifícios construídos irregularmente desabaram na comunidade da zona oeste do Rio (Ricardo Moraes/Reuters)

Muzema: dois edifícios construídos irregularmente desabaram na comunidade da zona oeste do Rio (Ricardo Moraes/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de abril de 2019 às 13h00.

Ao menos sete pessoas morreram na sexta-feira e 17 permanecem desaparecidas neste sábado após o desabamento de dois edifícios construídos irregularmente na comunidade da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro.

Cinco corpos foram retirados dos escombros e duas pessoas faleceram em hospitais, informou o corpo de bombeiros, que "trabalha com a possibilidade de 17 pessoas desaparecidas".

Quase 100 bombeiros trabalham no local neste sábado, com o auxílio de cães farejadores e helicópteros.

Assim como muitos edifícios na comunidade da Muzema, os imóveis que desabaram eram construções irregulares e apresentavam riscos, segundo as autoridades.

A causa do colapso ainda não foi determinada, mas o bairro foi um dos mais afetados pelas chuvas torrenciais que afetaram o Rio de Janeiro na madrugada de segunda-feira para terça-feira, com graves danos e que deixaram 10 mortos.

Moradores da Muzema relataram severas inundações após as chuvas, que abriram grandes buracos nas ruas do bairro, o que dificultou o acesso ao local do desabamento.

A fiscalização das obras é difícil na região, afirmam as autoridades, porque é uma área dominada por milícias. Na ausência do Estado e com o uso da violência, estes grupos controlam o território e financiam suas atividades com a operação clandestina de serviços como energia, transporte ou venda e aluguel de imóveis.

A prefeitura do Rio afirma que tentou diversas vezes impedir as obras, última delas em fevereiro, quando fechou os imóveis por "riscos iminentes de desabamento e deslizamentos de terra".

Mas o prefeito Marcelo Crivella afirma que as milícias têm um sistema "sofisticado" para evitar as demolições.

"Quando a fiscalização planeja uma demolição, aparece um advogado dessas organizações (milícias), vai à justiça e consegue uma liminar, com o argumento de que uma senhora pagou 50 mil pelo apartamento. Isso dificulta a nossa atuação", afirmou Crivella, citado pelo Twitter da prefeitura.

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