Brasil

Aumenta número de pessoas que casam novamente

Pesquisa do IBGE também mostra que maioria dos divórcios no país são feitos de modo consensual

Maiorida dos casamentos ainda é feita por pessoas solteiras  (Arquivo)

Maiorida dos casamentos ainda é feita por pessoas solteiras (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Na última década aumentou o número de brasileiros que resolveram casar novamente. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os recasamentos representaram, em 2008, 17,1% do total das uniões formalizadas, enquanto em 1999 esse tipo de união totalizava apenas 10,6%.

A taxa de casamentos entre cônjuges solteiros, apesar de estar em queda, permanece majoritária. Em 1999 representavam 89,4% já em 2008 houve uma pequena redução passando para 82,9%.

Na comparação entre os sexos existem diferenças marcantes. Os homens recasaram em 2008 mais com mulheres solteiras (7,4% do casos), já as mulheres divorciadas casaram menos com homens solteiros (apenas 4,1% das uniões formalizadas). Casamentos entre dois divorciados ocorreram em apenas 2,7% dos casos.

A taxa de nupcialidade legal (obtida pela divisão do número de casamentos pelo de habitantes e multiplicando-se o resultado por 1000) também apresentou um crescimento e uma reversão na tendência de redução de 1999 para 2008.

Enquanto no período de 1999 a 2002 foi registrada queda e as taxas variaram de 6,6‰ para 5,6‰, houve crescimento nos anos seguintes, chegando, em 2008, à maior taxa registrada (6,7 ‰). Em 2008, o total de casamentos registrados foi de 959.901, cerca de 5% superior ao número observado em 2007.

O IBGE atribui esse aumento à melhoria do acesso aos serviços de Justiça, particularmente ao registro civil de casamento e a iniciativas que facilitaram o acesso da população nos aspectos burocráticos e econômicos.

Em 2008, a maior taxa de casamentos entre as mulheres foi verificado entre as de 20 a 24 anos (29,7‰), nos homens os dados são semelhantes, porém o índice mais elevado está entre os de 25 a 29 anos (28,4‰). A grande diferença está entre os homens e as mulheres com mais de 60 anos. As taxas obtidas para as pessoas do sexo masculino são mais que o dobro das do feminino. Em 2008 casamento de mulheres de 60 a 64 anos representavam 1,6% dos casos, já entre os homens foram de 4,0%.

Quanto às dissoluções formais dos casamentos, a pesquisa revela a elevação do número de divórcios em relação ao de separações. Segundo o IBGE, isto demonstra que a sociedade brasileira ampliou sua aceitação ao divórcio e utilizou mais amplamente os serviços de Justiça que formalizam as dissoluções.

As separações judiciais concedidas no Brasil foram em sua maioria consensuais (76,2%). Entre as não consensuais, a maior parte dos casos foi requerida pela mulher (71,7% em 2008), enquanto que os homens representaram 28,3% dos pedidos. Na análise entre os estados a pesquisa aponta diferenças regionais. Na Paraíba, por exemplo, 41,4% das separações não consensuais foram pedidos por homens, enquanto as mulheres representam 58,6%.

Leia mais sobre o Brasil

Siga as últimas notícias de Economia no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilJustiçaLegislaçãoPesquisas de mercado

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP