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Audiência pública em Belo Monte é suspensa

De acordo com a empresa, a suspensão foi definida pela Justiça Federal porque o canteiro de obras do sítio Pimental ainda está ocupado


	Por questões de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte retirou da área os 900 funcionários, interrompendo os trabalhos
 (Mario Tama/Getty Images)

Por questões de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte retirou da área os 900 funcionários, interrompendo os trabalhos (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2012 às 10h46.

Brasília – Marcada para amanhã (15), a audiência pública de conciliação entre representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte Energia, empresa responsável pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte (PA), sob a presidência do Ministério Público Federal (MPF) foi suspensa. Não há nova data. De acordo com a empresa, a suspensão foi definida pela Justiça Federal porque o canteiro de obras do sítio Pimental ainda está ocupado.

A audiência está condicionada, segundo a Justiça Federal, à saída dos invasores. O objetivo da audiência é que os integrantes das comunidades indígenas e de entidades civis que ocupam o canteiro de obras apresentem suas reivindicações à Norte Energia.

Ontem (13) um oficial de Justiça sobrevoou a área e constatou que o local permanece ocupado. A Justiça deverá avaliar o descumprimento da ordem e proferir nova sentença. Mas não há prazo para a nova determinação. A expectativa é que ocorra ao longo desta semana.

O juiz federal Marcelo Honorato, de Altamira, determinou a realização da audiência há três dias. Porém, ele recomendou que os cerca de 60 invasores deixassem o canteiro de obras do Sítio Pimental, em Belo Monte, até o fim da manhã de ontem. A ocupação do local ocorreu no dia 8.

Por questões de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte retirou da área os 900 funcionários, interrompendo os trabalhos. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), participam da ocupação índios das etnias Xipaia, Kuruaia, Parakanã, Arara, Juruna e Assurini, que se uniram a pescadores que há 26 dias protestam contra o barramento do Rio Xingu.

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