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Audiência entre USP e alunos não tem acordo

Para a tarde de hoje, os alunos prometem um protesto na Avenida Paulista por eleições diretas na USP


	Estudantes fazem ato em frente ao Fórum Hely Lopes Meirelles, onde ocorreu audiência de tentativa de conciliação: para o DCE, a tentativa fracassou pela falta de abertura da USP
 (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Estudantes fazem ato em frente ao Fórum Hely Lopes Meirelles, onde ocorreu audiência de tentativa de conciliação: para o DCE, a tentativa fracassou pela falta de abertura da USP (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 09h24.

São Paulo - Após quase duas horas de debates, a audiência de conciliação na Justiça entre representantes da Universidade de São Paulo (USP), de alunos, de professores e de funcionários sobre a ocupação do prédio da reitoria não teve sucesso nesta terça-feira, 08.

O responsável por conduzir o encontro, juiz da 12ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo Adriano Marcos Laroca, terá até quinta-feira, 10, para decidir sobre o pedido de reintegração de posse feito pela universidade. Para a tarde de hoje, os alunos prometem um protesto na Avenida Paulista por eleições diretas na USP.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça paulista, a universidade não quis marcar reunião com os alunos enquanto a reitoria estivesse ocupada. Já os estudantes não aceitaram sair do prédio sem agendar encontro com a cúpula da USP e pediram a suspensão do pedido da reintegração de posse. Na entrada do fórum onde houve a audiência, cerca de 40 alunos se manifestavam com cartazes e tambores.

Na avaliação do diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Pedro Serrano, de 22 anos, a tentativa de conciliação fracassou pela falta de abertura da USP. "O próprio juiz percebeu a intransigência da reitoria", afirmou o jovem, aluno de Ciências Sociais.

Ele também reclamou da precariedade de condições dos manifestantes dentro do prédio. "Cortar luz e água foi chantagem. O Rodas (João Grandino Rodas, reitor) negociaria nessas condições?", provocou ele, que chamou a estrutura de poder na USP de "arcaica e feudal".

O presidente do Sindicato de Trabalhadores da USP, Magno de Carvalho, também se queixou do resultado do encontro. "Agora esperamos o pior, como aconteceu em 2011, com a entrada da PM no câmpus". A assessoria de imprensa da USP não se manifestou sobre a audiência.

Além da reitoria, o prédio da direção do câmpus da USP Leste segue ocupado por estudantes da unidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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