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Atraso no registro de médicos impede atendimento

Apesar da aprovação da MP, os médicos que esperam a licença provisória não começam a atender de imediato


	Profissionais do Mais Médicos: pelo menos 1,2 mil pacientes deixaram de ser atendidos pelo Programa Mais Médicos em Indaiatuba
 (Tânia Rego/ABr)

Profissionais do Mais Médicos: pelo menos 1,2 mil pacientes deixaram de ser atendidos pelo Programa Mais Médicos em Indaiatuba (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 17h29.

Indaiatuba (SP) - Pelo menos 1,2 mil pacientes deixaram de ser atendidos pelo Programa Mais Médicos em Indaiatuba, a 107 quilômetros de São Paulo, até a tarde desta quinta-feira, 17, em razão do atraso no registro dos profissionais formados no exterior.

A aprovação da Medida Provisória (MP) 621/2013, permitindo que o Ministério da Saúde seja responsável pela emissão do registro, trouxe alívio para os quatro médicos do programa que estão na cidade desde o dia 23, mas continuam impedidos de trabalhar.

"Estou ansiosa porque sei que a população precisa muito de nós", disse a médica Silvana Picozzi, brasileira formada na Itália. "Assim que puder atender, vamos recuperar esse atraso."

Apesar da aprovação da MP, os médicos que esperam a licença provisória não começam a atender de imediato. De acordo com o secretário de Comunicação de Indaiatuba, Odair Gonçalves da Silva, a emissão dos registros pode levar pelo menos dez dias.

Uma espera que desagradou à dona de casa Cássia Ropeletto Sakamoto, de 33 anos, que tinha consulta agendada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Califórnia.

"É triste para a população saber que tem médico e não poder usufruir, já que eles estão impedidos de trabalhar por causa dessa burocracia."

Dos cinco profissionais destinados pelo programa do governo federal à cidade, apenas uma médica brasileira atende a população - e enfrenta sobrecarga de trabalho.

Os outros quatro estão há quase um mês à espera de autorização para fazer atendimentos. Eles limitam-se a acompanhar as equipes do Programa Saúde da Família e a dar orientações aos pacientes.

O médico Lucírio Gonçalves de Morais Filho, brasileiro formado em Moscou, acha que a espera não foi tempo perdido.

"Deu para conhecer as pessoas com as quais vou trabalhar e também para a gente se familiarizar com a rede de saúde. Assim que o registro sair, vamos poder começar o trabalho com mais segurança."

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