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Atraso do Brasil para a Copa é o maior, diz Blatter

Para o suíço, nunca aconteceu algo parecido desde 1975


	O presidente da Fifa, Joseph Blatter: Brasil tem pior atraso para preparativos desde 1975
 (Getty Images)

O presidente da Fifa, Joseph Blatter: Brasil tem pior atraso para preparativos desde 1975 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2014 às 15h32.

Zurique - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, teceu críticas aos atrasos do Brasil nas obras de preparação para a Copa do Mundo de 2014 e destacou que nunca havia acontecido algo parecido desde que ele começou a trabalhar para a entidade em 1975 - o suíço passou a ocupar a presidência em 1998.

De acordo com o Blatter, só agora, faltando menos de um ano para o início da Copa do Mundo, o Brasil se deu conta da necessidade de acelerar as obras para que tudo fique pronto até junho. E ele lembrou que o país foi escolhido em 2007 para sediar o evento. Mesmo assim, seis dos 12 estádios que serão utilizados no torneio ainda não foram entregues.

"O Brasil acabou de ficar ciente do que ela (a Copa do Mundo) é. Eles começaram tarde demais. É o país mais atrasado desde que estou na Fifa, e ainda é o único que teve tanto tempo - sete anos - para se preparar", criticou Blatter em entrevista ao jornal suíço 24 Heures, publicada neste fim de semana.

Blatter também admitiu que os protestos que aconteceram durante a disputa da Copa das Confederações em 2013 no Brasil, vão se repetir neste ano, quando será realizada a Copa do Mundo. O presidente suíço garantiu, porém, que não teme pelos efeitos das manifestações, pois "o futebol estará protegido" em razão da paixão dos brasileiros pelo esporte.

"Eu sou um otimista, não um covarde. Então, eu não tenho medo. Mas sabemos que haverá novas manifestações, protestos. Os mais recentes, na Copa das Confederações, no mesmo país, nasceram das redes sociais. Não havia nenhum objetivo, reivindicações reais, mas, durante a Copa do Mundo, haverá mais concretas, mais estruturadas. Mas o futebol estará protegido, eu acho que os brasileiros não atacarão diretamente o futebol. No país deles, é uma religião", disse.

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