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Ato em SP pede fim da violência contra população de rua e LGBT

O motivo do protesto foi pelo episódio de 25 de dezembro, quando um vendedor ambulante foi espancado até a morte ao tentar defender duas travestis

Protesto: o grupo lembrou que desde aquela data ocorreram pelo menos outros dois crimes relacionados ao preconceito contra LGBTs (Agência Brasil)

Protesto: o grupo lembrou que desde aquela data ocorreram pelo menos outros dois crimes relacionados ao preconceito contra LGBTs (Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 17h26.

Ativista fizeram hoje (16) um ato contra a violência contra a população de rua e LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) na Estação Dom Pedro II do metrô, na região central ca capital paulista.

No último dia 25 de dezembro, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas foi espancado até a morte no local ao tentar defender duas travestis de uma agressão.

O grupo lembrou que desde aquela data ocorreram pelo menos outros dois crimes relacionados ao preconceito contra LGBTs. O jovem Itaberli Lozano, de 17 anos, morreu após ser esfaqueado em Cravinhos, interior paulista, sendo que a mãe e o padrasto são os principais suspeitos do crime.

No fim de semana, um rapaz foi espancado na Rua Augusta, na região central paulistana, ao pedir socorro durante um assalto. Um homem que passava no local não só deixou de prestar ajuda, como atacou a vítima e justificou a ação com declarações homofóbicas.

O padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, destacou que esse tipo de crime tem aumentado, junto com o crescimento da população LBGT que vive nas ruas.

"O grupo LGBT na rua aumenta muito e muitas dessas pessoas têm sido agredidas, como esse que estava hoje de manhã na nossa Paróquia São Miguel Arcanjo", disse em referência ao caso de outro rapaz que, segundo o religioso, pediu auxílio a ele na manhã de hoje.

Lancelotti mostrou imagens dos ferimentos do jovem que esteve na igreja com o relato de que foi agredido por tentar defender um amigo homossexual. A vítima, no entanto, preferiu, de acordo com o padre, não registrar boletim de ocorrência.

"São muitas essas pessoas. Nem todos esses casos estão registrados, mas são muitas as pessoas que estão sendo agredidas", enfatizou o religioso.

"É a realidade que a gente vive todos os dias. Nós gays estamos morrendo, caçados como bruxas", protestou o ativista LGBT Agripino Magalhães. Ele ressaltou que é fundamental que as vítimas de crimes de ódio exijam que o registro policial inclua essa especificação.

"Os delegados em todo o estado de São Paulo são obrigados a especificar o tema da homofobia no boletim de ocorrência", ressaltou.

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