Operário em obra da Arena da Baixada: clube fez empréstimos à CAP S/A para que a obra não ficasse sem recursos (REUTERS/Rodolfo Buhrer)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 14h59.
São Paulo - O Atlético Paranaense admitiu que a CAP S/A, empresa criada pelo clube com o único propósito de construir o estádio Arena da Baixada, transferiu R$ 1,5 milhão para a conta do Vitória, da Bahia, para a compra de 50% dos direitos econômicos do jogador Léo.
A CAP S/A é uma Sociedade para Propósitos Específicos (SPE), o que significa que suas atividades são exclusivamente relacionadas à construção do estádio de Curitiba.
Em nota, no entanto, o time rechaça a hipótese de que os recursos seriam dinheiro público.
A arena já recebeu R$ 226,4 milhões dos cofres da União e do Estado.
"A CAP S/A é uma sociedade com o propósito exclusivo de executar as obras do Estádio. Recebeu financiamentos de Bancos Públicos. Estes recursos não poderiam ser utilizados para comprar jogadores, é claro", diz a nota.
O Atlético afirma que a operação refere-se ao pagamento de dívidas da empresa com o clube, que havia injetado recursos próprios na construção da arena.
"Para que a obra não sofresse ainda mais com a ausência de recursos, o clube Atlético Paranaense fez uma série de empréstimos à CAP S/A, em contratos de mútuos que estão contabilizados", diz a nota.
Segundo a empresa, a dívida com o time é de 28 milhões de reais, e parte foi paga com a compra do jogador.
"A operação é juridicamente irretocável (pagamento de dívida por terceiro, com posterior reembolso com a quitação parcial de mútuo – art. 305 do Código Civil) e está contabilizada e auditada", defende.
Atualizada às 15h.