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Atletas não serão vacinados, mas testados, diz Saúde sobre Copa América

Nesta segunda-feira, os jogadores da Seleção Brasileira de Futebol decidiram que irão disputar a Copa América no Brasil

Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 7 de junho de 2021 às 19h51.

Última atualização em 7 de junho de 2021 às 20h26.

Em coletiva realizada nesta segunda-feira, 7, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre a realização da Copa América, com o objetivo de passar segurança acerca da realização do evento, diante do estágio da pandemia no Brasil e dos protestos de jogadores da Seleção Brasileira contra o evento.

Durante sua fala, ele ressaltou que a competição deve começar no próximo domingo, 13 de junho, e ir até 10 de julho, tendo como sede as cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro, totalizando 28 jogos. A previsão inicial é de que 650 pessoas estejam presentes no país, somando jogadores e comissão técnica. Os jogos serão sem público nos estádios.

"Não há risco maior da população de atletas do que da população comum. A população de atletas é inclusive mais protegida, como se tivesse menor possibilidade de desfechos piores. Pedimos alguns dados à CBF e o que eles nos enviaram foi que, em 2020, foram feitos mais de 89 mil testes PCR, com mais de 13 mil atletas testados, dos quais apenas 2,2% tiveram resultado positivo. Apenas um atleta foi internado com excelente desfecho", afirmou Alessandra Siqueira, parte do Ministério da Saúde, com base em dados da CBF.

De acordo com o ministro, não haverá a obrigação de vacinação dos atleta ou dos profissionais. "Não daria tempo para que a imunização ficasse completa", disse ele, destacando que são necessárias duas doses com intervalo não inferior a 28 dias.

"Não é um campeonato de grande dimensão, partindo do pressuposto de que a prática de atividades esportivas está acontecendo normalmente no país. O Ministério da Saúde fez uma análise tanto do protocolo do Campeonato Brasileiro quanto do protocolo apresentado pela Conmebol. E cabe ao governo avaliar se os jogadores não correm risco", disse Queiroga.

As seleções vão precisar contratar um plano de saúde privado. O teste negativo de RT-PCR, considerado mais preciso, será obrigatório até 48 horas antes de cada partida. Os atletas e comissão não poderão sair dos hotéis em que vão ficar hospedados e todos os voos entre as cidades serão fretado, para reduzir o contato com outras pessoas que não façam parte da competição.

Mais cedo nesta segunda-feira, os jogadores da Seleção Brasileira de Futebol decidiram que irão disputar a Copa América no Brasil, segundo informações do portal Globo Esporte. 

De acordo com o portal, a decisão dos atletas deve ser comunicada juntamente com um manifesto, com críticas à forma que o evento foi organizado, em meio à pandemia. A tendencia é que o anúncio ocorra após a partida contra o Paraguai, na terça-feira ás 21h30, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Pegos de surpresa com a alteração da Copa América 2021, inicialmente prevista para a Colômbia e Argentina, para o Brasil, os jogadores da seleção brasileira vêm demonstrando insatisfação de entrar em campo em meio a uma competição organizada às pressas – e num Brasil ainda às voltas com os percalços da pandemia.

De acordo com relatos divulgados à imprensa, o técnico Tite estaria ao lado dos jogadores na insatisfação em entrar em campo na competição, prevista para começar no próximo domingo, 13 de junho.

Nesta segunda-feira, Tite desconversou quando foi questionado se, pelo cargo que ocupa, precisaria estar alinhado com o governo. “Técnico de futebol tem que estar alinhado com futebol”, afirmou o técnico da seleção brasileira, que está no Paraguai para o confronto pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

De acordo com dados apurados às 20h, o Brasil registrou mais de 1 mil mortes por covid-19, com média móvel estável em 1,6 mil por dia. O total de óbitos causados pela pandemia ultrapassa os 470 mil. Ao mesmo tempo, cerca de 10% da população brasileira está imunizada (com primeira e segunda doses de vacina), segundo dados do consórcio de imprensa.

 

 

 

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