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Ativistas farão novo protesto nesta quinta-feira no Rio

Embora a prefeitura do Rio tenha anunciado nesta quarta-feira à noite a redução das tarifas do transporte público, ativistas promoverão um novo protesto na quinta-feira


	Protesto: o ato é organizado por dois coletivos, o Operação Pare o Aumento e o Fórum de Lutas contra o Aumento das Passagens, em conjunto com representantes de entidades estudantis (Christophe Simon/AFP)

Protesto: o ato é organizado por dois coletivos, o Operação Pare o Aumento e o Fórum de Lutas contra o Aumento das Passagens, em conjunto com representantes de entidades estudantis (Christophe Simon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 22h11.

Rio de Janeiro - Embora a prefeitura do Rio tenha anunciado nesta quarta-feira à noite a redução das tarifas do transporte público, ativistas promoverão um novo protesto nesta quinta-feira, 20, à tarde no centro - o sexto na capital fluminense desde o dia 6.

A concentração será às 17 horas em frente à Igreja da Candelária e os manifestantes devem seguir pela Avenida Presidente Vargas em direção à sede administrativa da prefeitura, conhecida como Piranhão, situada na própria via. Ali, os manifestantes pretendem fazer vigília durante a madrugada.

Antes do anúncio da redução da tarifa, mais de 350 mil manifestantes haviam confirmado presença no ato, por meio das redes sociais. "Estamos felizes com a redução da tarifa, e o ato desta quinta deve ser uma comemoração, mas a luta está só começando. Exigimos tarifa zero e retratação dos meios de comunicação que fizeram críticas ao movimento", disse um dos líderes do movimento, Raphael Godoi.

O trajeto de aproximadamente 3 quilômetros foi definido em plenária realizada nesta terça-feira, 18, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a presença de mais de 500 manifestantes. Há rumores de uma segunda manifestação no entorno do Maracanã, onde Espanha e Taiti jogam às 16 horas. Esses ativistas seguiriam rumo à prefeitura, a cerca de 2,5 km, para se juntar aos demais militantes.

O ato é organizado por dois coletivos, o Operação Pare o Aumento e o Fórum de Lutas contra o Aumento das Passagens, em conjunto com representantes de entidades estudantis.

Na plenária desta terça-feira, os manifestantes também decidiram que só negociarão com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) após a libertação dos que foram presos nas passeatas anteriores. "As negociações com governo e prefeitura só se darão após a anistia (liberdade e arquivamento de processos) dos presos durante as manifestações."

Esquema de segurança

A Polícia Militar (PM) do Rio deve mobilizar cerca de 1.800 homens no esquema de segurança do jogo desta quinta-feira no Maracanã. Serão empregados policiais do batalhão da área (6.º Batalhão, da Tijuca), além dos de Choque e de Ações com Cães (BAC). A PM também usará helicópteros, que filmarão o local e transmitirão as imagens em tempo real para o quartel-general da corporação, no centro.


O efetivo exato não foi divulgado. Se confirmados os 1.800 policiais, será 50% maior do que o usado no domingo, 16, quando jogaram Itália e México. Na ocasião, mais de mil pessoas participaram de um protesto pacífico nas imediações do estádio, que foi violentamente reprimido pelo Batalhão de Choque, apesar de não ter havido qualquer ato de vandalismo.

Além da PM, 895 homens da Força Nacional de Segurança atuarão no policiamento dos arredores do Maracanã. Os policiais foram enviados ao Rio na semana passada pelo Ministério da Justiça, após pedido do governador Sérgio Cabral para reforçar a segurança durante o torneio.

A má repercussão do episódio de domingo causou mudança de postura da PM durante o protesto da última segunda-feira, quando a Tropa de Choque demorou três horas para atuar na Assembleia Legislativa do Rio, que estava sendo depredada por cerca de 300 vândalos.

Naquela noite, uma manifestação pacífica arrastou 100 mil pessoas pela Avenida Rio Branco. Procurada ontem, a Polícia Militar não informou como procederá em relação à manifestação desta quinta.

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