Brasil

Atirador era calado, tímido e vivia na internet

Pessoas que conviveram com Wellington se perguntavam ontem como ele teria conseguido as duas armas e tanta munição, atordoadas pelo acontecimento

Os hábitos do assassino nos últimos meses são um mistério para amigos e vizinhos (Agência Brasil)

Os hábitos do assassino nos últimos meses são um mistério para amigos e vizinhos (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 09h25.

São Paulo - Um rapaz calado, tímido, introspectivo, que não se envolvia em confusão nem desrespeitava ordens. Na escola, na vizinhança e no trabalho, a descrição de Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, é a mesma, assim como a surpresa com a violência do ataque às crianças da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, onde o atirador cursou o ensino fundamental.

Atordoadas com a tragédia, pessoas que conviveram com Wellington se perguntavam ontem como ele teria conseguido as duas armas e tanta munição, já que nunca tiveram notícia de envolvimento do amigo, colega e vizinho com drogas ou criminosos. Algumas relataram, no entanto, uma mudança de comportamento nos últimos tempos.

"De seis meses para cá, ele passou a andar de preto, veio com essa história de religião, deixou a barba crescer. Acho que pediu demissão, mas nunca vi fazer nada errado. Parecia um cara legal, vivia no mundo dele. Nunca vi bebendo nem fumando, não mexia com ninguém", contou o vizinho Fábio dos Santos, de 27 anos, ajudante de motorista.

Na adolescência, Wellington foi adepto dos Testemunhas de Jeová, como a mãe adotiva, Dicéa Menezes de Oliveira, que morreu em 2010. Já os hábitos de Wellington nos últimos meses são um mistério para amigos e vizinhos. Um amigo disse ter ouvido que Wellington passou a frequentar "uma religião secreta". Uma das irmãs do atirador, Rosilane, de 49 anos, disse em entrevista à rádio BandNews que o jovem andava "estranho" e "falava desse negócio de muçulmano". Rosilane contou que, no período das eleições, no ano passado, o irmão adotivo apareceu na antiga casa "e estava com a barba grande".

Vizinhos também fizeram relatos semelhantes sobre a obsessão pela internet. "Ele só vivia no computador, não tinha amigos", disse a irmã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América Latinacidades-brasileirasDados de BrasilMetrópoles globaisRio de JaneiroViolência urbana

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil