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Atentado contra ex-prefeito de Taboão da Serra foi forjado, dizem polícia e MP

Investigação aponta que ataque teria sido encenado para favorecer candidatura de José Aprígio

Investigação aponta que ataque teria sido encenado (Redes Sociais/Divulgação)

Investigação aponta que ataque teria sido encenado (Redes Sociais/Divulgação)

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 15h14.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2025 às 15h23.

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O atentado a tiros contra José Aprígio da Silva (Podemos), 72, então candidato à reeleição para a prefeitura de Taboão da Serra (SP), em outubro de 2024, foi forjado, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público. A suposta tentativa de homicídio teria sido encenada para gerar comoção e impulsionar a candidatura de Aprígio.

A Polícia Civil e o Ministério Público realizaram nesta segunda-feira, 17, uma operação para prender suspeitos de envolvimento no caso. Dois ex-secretários municipais foram presos preventivamente por posse ilegal de armas. O irmão do ex-prefeito também foi detido.

A defesa de Aprígio nega as acusações e afirma que ele é inocente.

Investigação

A operação desta segunda cumpriu dez mandados de busca e apreensão, incluindo a casa de três ex-secretários municipais. Os agentes apreenderam R$ 320 mil em dinheiro, armas e munições, celulares e computadores.

Os ex-secretários Ricardo Rezende e Valdemar Aprígio, irmão do ex-prefeito, foram presos preventivamente após a polícia encontrar armas sem documentação. As defesas dos dois não foram localizadas.

A investigação indica que os secretários do então prefeito teriam contratado dois homens para simular o atentado: Anderson da Silva Moura, conhecido como “Gordão”, e Clovis Reis de Oliveira, que está foragido. O advogado de Anderson nega qualquer envolvimento dele no caso.

A polícia encontrou um carro carbonizado na região do Rodoanel, que teria sido usado no ataque forjado.

Relembre o caso

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o ataque ocorreu quando Aprígio voltava para a prefeitura em um carro oficial blindado. Um veículo vermelho teria emparelhado e efetuado disparos, atingindo o ex-prefeito no ombro. Ele foi levado ao Hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde permaneceu internado por oito dias.

O atentado ocorreu durante o segundo turno da eleição municipal, na qual Aprígio disputava a prefeitura contra Engenheiro Daniel (União Brasil), que venceu com 66,27% dos votos.

Aprígio já havia enfrentado Daniel no segundo turno de 2020, quando venceu por uma margem apertada de 1.700 votos.

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