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Ataques no Ceará chegam a 64; governador diz que não cederá

Desde o dia 20, ao menos 75 veículos e 11 equipamentos públicos e privados foram alvo de vandalismo

FOTO DE ARQUIVO: governo do Ceará começou a transferir detentos para presídios federais (Paulo Whitaker/Reuters)

FOTO DE ARQUIVO: governo do Ceará começou a transferir detentos para presídios federais (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de setembro de 2019 às 10h17.

Fortaleza e mais 18 municípios do Ceará sofrem há seis dias com ataques criminosos, na segunda maior onda de atentados na história do Estado. O número de casos chegou a 64 e o secretário de Segurança Pública, André Costa, informou que líderes de facções criminosas - que teriam motivado a ação - já começaram a ser transferidos para presídios federais.

Desde o dia 20, pelo menos 75 carros foram destruídos e 11 equipamentos públicos e privados, atacados. Um recado atribuído a uma facção criminosa local, os Guardiões do Estado (GDE), promete agora um ataque generalizado a prédios públicos, empresas privadas, concessionárias de carros, ônibus e até supermercados. A medida seria uma represália ao tratamento mais rígido adotado no interior dos presídios.

De acordo com a assessoria de Comunicação do governador Camilo Santana (PT), o comunicado, com data do último dia 20, "não passa de um 'salve' que circulou por aí". Os criminosos reivindicam melhor tratamento dentro dos presídios. Segundo os detentos, a prática dos agentes penitenciários é dada como "exagerada" e, se não mudar, haverá "terror".

Por meio de pronunciamento na internet, Camilo Santana disse que não cederá. "E quanto às medidas moralizadoras que temos tomado nos presídios, reafirmo que continuarão cada vez mais fortes, sem retorno de regalias", diz o texto.

Ônibus

O secretário de Segurança Pública André Costa informou também que vai intensificar a operação nas ruas para reforçar a segurança. O sistema de transporte público de Fortaleza só voltará a funcionar com 100% da frota nesta quinta-feira, 26, segundo o sindicato das empresas. Anteriormente, os itinerários só eram cumpridos, em alguns locais, com escolta.

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