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Ataques em SC mudaram de perfil essa semana, diz comandante

Segundo o comandante-geral da PM de Santa Catarina, os casos são característicos de vândalos e oportunistas


	Seis pessoas suspeitas de participação em ataques são presas em Joinville: 30 pessoas foram detidas desde o início das ocorrências
 (Marcelo Camargo/ABr)

Seis pessoas suspeitas de participação em ataques são presas em Joinville: 30 pessoas foram detidas desde o início das ocorrências (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 08h14.

Florianópolis - O comandante-geral da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro, avalia que os ataques no estado mudaram de perfil desde segunda-feira (4). Segundo ele, os casos são característicos de vândalos e oportunistas.

“[Isso ocorre] com ações, algumas delas já bem constatadas, de aproveitar para colocar fogo no seu carro que estava abandonado, aproveitar para colocar fogo em um caminhão e quem sabe o seguro possa cobrir. [São] crianças brincando de incendiar colchões e acabam por colocar fogo na casa”, disse à Agência Brasil.

Ele destacou, no entanto, que os ataques relacionados a ordens de facções criminosas permanecem. “Algumas prisões estão sendo feitas com identificação de pessoas que estavam liderando esse processo criminoso, de maneira com que esses ataques estão sendo fortemente coibidos”.

Ontem (6), em Joinville, seis pessoas suspeitas de participação nos atos violentos foram presas preventivamente. Com isso, 30 pessoas foram detidas desde o início das ocorrências, no dia 30 de janeiro.

O comandante confirma que a ordem para essa nova série de ataques está partindo de membros de uma facção criminosa que atua dentro de presídios do estado.

“Alguns desses criminosos estão dentro dos presídios e outros estão nas ruas. Todos nós sabemos que as ordens saem das prisões por meio das saídas temporárias que os detentos fazem e por pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem contato com o mundo penitenciário.”


Os locais escolhidos para os ataques, que são recorrentes na região do Vale do Itajaí, estão relacionados à proximidade com presídios, segundo ele. “Na Sala de Situação da PM, para onde convergem as múltiplas informações, há uma linha de raciocínio comum que é a de relacionar o ato com os presídios”.

Ele destacou Joinville como cidade onde estão sendo registrados mais ataques. “Na vez passada, nos ataques de novembro, tivemos uma situação demarcada em Florianópolis. Nesta ocasião, Joinville tem sido o local com mais episódios, talvez porque seja a maior cidade do estado.”

Durante os ataques de novembro, surgiram denúncias de maus-tratos na Penitenciária São Pedro de Alcântara, localizada em Florianópolis.

Na época, equipes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República estiveram no local vistoriar e apurar possíveis casos de tortura.

Nesta nova série de atentados, o Presídio Regional de Joinville é alvo de inquérito que investiga abusos cometidos por agentes penitenciários durante uma operação pente-fino no dia 18 de janeiro.

Imagens do circuito interno do presídio, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes usaram balas de borracha e gás de pimenta contra os detentos, mesmo com eles em situação de controle.

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