Brasil

Ataque em Suzano: Justiça autoriza buscas em endereço de terceiro suspeito

Alvo da ação é um adolescente que teria participado do planejamento do massacre de quarta-feira junto aos dois atiradores

Tiroteio na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, que deixou 10 mortos (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Tiroteio na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, que deixou 10 mortos (Rovena Rosa/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 15 de março de 2019 às 11h17.

Última atualização em 15 de março de 2019 às 14h08.

A Justiça de São Paulo determinou, nesta sexta-feira, busca e apreensão no endereço de um terceiro jovem supostamente envolvido no tiroteio a uma escola em Suzano que deixou 10 mortos, informou o Tribunal de Justiça do estado.

O alvo da ação é um adolescente que teria participado do planejamento do massacre de quarta-feira junto aos dois atiradores, um de 17 anos e outro de 25, que cometeram suicídio na escola após matarem oito pessoas, segundo autoridades.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, o terceiro rapaz é ex-aluno da instituição alvo do ataque e estudou na mesma classe de um dos atiradores.

"Nós temos outros dados que fazem crer que esse indivíduo participou pelo menos da fase de planejamento", afirmou o delegado a jornalistas, na quinta-feira.

O massacre ocorreu na manhã de quarta-feira, quando os assassinos entraram na escola estadual Raul Brasil e atacaram alunos que estavam no pátio durante o horário do lanche. Duas funcionárias também estão entre as vítimas fatais.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, disse que, antes de entrarem pela porta da frente na escola, os criminosos mataram o dono de uma locadora de carros, que era tio de um dos rapazes.

Os dois assassinos eram ex-alunos da instituição, e uma fonte policial afirmou que eles planejavam o ataque há um ano e meio, sob a intenção de atrair popularidade e chamar mais atenção do que o massacre de Columbine, nos Estados Unidos, no qual 15 pessoas morreram em 1999, incluindo os dois executores do crime.

Na quinta-feira, a polícia realizou diligências nas residências dos autores e em uma lan house onde os jovens costumavam se encontrar, e apreenderam diversos objetos entre computadores, tablets e anotações, que auxiliarão nas buscas pela motivação do crime, segundo a Secretaria da Segurança Pública de SP.

Os corpos da maioria das vítimas do ataque em Suzano foram sepultados na quinta-feira no Cemitério Municipal de São Sebastião. O corpo do dono da locadora de carros foi enterrado no Cemitério Colina dos Ipês. A família de um dos estudantes mortos optou por uma cerimônia reservada.

A coordenadora pedagógica da escola foi a última a ser sepultada. O enterro ocorreu na manhã desta sexta-feira, quando um dos filhos da vítima, que mora na China, chegou ao país.

Leia mais sobre o massacre

Polícia manda prender terceiro suspeito de massacre em Suzano

Políticas públicas e proximidade podem evitar tragédias como a de Suzano

Profissional armado em escola não é solução, diz secretário de educação

Bancada da bala usa massacre em Suzano para defender armas; Maia reage

De Realengo ao Paraná: relembre outros tiroteios em escolas no Brasil

Os massacres em escolas que chocaram o mundo na última década

Acompanhe tudo sobre:BrasilMassacressao-pauloSegurança públicaTiroteios

Mais de Brasil

X cumpre ordem de Moraes e indica ao STF novo representante legal no Brasil

Quando é o próximo debate para prefeito de SP? Veja data, horário e como assistir ao vivo

Toffoli recebe alta médica e fará recuperação em casa

MEC prepara projeto para banir uso de celulares nas escolas a partir de outubro