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Associação repudia prisão de jornalista

De acordo com a associação, Nogueira trabalhava durante os protestos. Em nota, a entidade afirma que ele foi preso "errônea e injustamente"

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 17h52.

São Paulo - Entre os 13 detidos pela Polícia Militar (PM) de São Paulo na noite desta terça-feira, 11, durante a manifestação contra o aumento da tarifa de transporte coletivo que resultou em confronto na capital paulista, 11 foram transferidos na manhã desta quarta-feira, 12, do 78.º Distrito Policial (DP) para o Centro de Detenção Provisória da Capital, na unidade Chácara Belém II.

Dos presos, dois identificaram-se como professores e um é jornalista, do Portal Aprendiz. A prisão do jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, de 27 anos, é contestada pela Associação Cidade Escola Aprendiz, que mantém a página na internet.

De acordo com a associação, Nogueira trabalhava durante os protestos. Em nota, a entidade afirma que ele foi preso "errônea e injustamente". "O que vimos foi uma ação policial baseada na truculência e na violência, o que constituiu um abuso contra as liberdades democráticas e um ataque violento à liberdade de imprensa", afirma o documento.

Segundo a mãe de Nogueira, Beatriz Fátima Augusta Ribeiro, a prisão aconteceu por um mal-entendido. "Ele não é ligado a quadrilha alguma e não depredou nada. Estava com a namorada, indo para a casa dela, após o trabalho, quando tentou impedir que duas garotas apanhassem dos policiais. Foi levado à delegacia, todos os documentos que provavam que ele estava trabalhando foram apresentados, mas mesmo assim ele foi preso", diz.

A gestora institucional da associação, Solânge Costa Ribeiro, diz que o Portal Aprendiz acionou os advogados e presta apoio jurídico a Nogueira. "Ele é nosso jornalista, estava com outros dois profissionais do portal cobrindo a manifestação, como já tinha feito na cobertura da última sexta-feira, 7", declara.

Até as 16 horas, a PM ainda não havia se pronunciado sobre a prisão. Outros dois presos se identificaram como professores: Ildefonso Hipolito Penteado, de 43 anos, da rede pública estadual, e Rodrigo Cassiano dos Santos, de 24. Única mulher do grupo, uma estudante de 25 anos permaneceu no 78.º DP e deve ser encaminhada para o 89.º DP.

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