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Associação comercial de SP vai ao governo federal para pedir volta do horário de verão

A ACSP acredita que a retomada da prática de se adiantar os relógios em uma hora será essencial para impulsionar a economia nacional

Horário de verão: Praticado no Brasil desde 1931, o horário de verão, de acordo com a entidade, além de ser uma prática consolidada em todo o mundo, é uma ferramenta valiosa para a economia do País (Tanja Knieps/EyeEm/Getty Images)

Horário de verão: Praticado no Brasil desde 1931, o horário de verão, de acordo com a entidade, além de ser uma prática consolidada em todo o mundo, é uma ferramenta valiosa para a economia do País (Tanja Knieps/EyeEm/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de novembro de 2023 às 09h28.

As pessoas se sentem mais seguras e à vontade para permanecerem nas ruas, passearem pelas lojas e fazerem suas compras depois do horário de trabalho quando podem aproveitar a luz natural por mais tempo. Esse é um dos vários argumentos que a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) levará ao governo para manifestar seu apoio à volta do horário de verão em 2024. O pleito será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e ao Gabinete da Presidência da República.

A ACSP acredita que a retomada da prática de se adiantar os relógios em uma hora será essencial para impulsionar a economia nacional e para trazer inúmeros benefícios tanto para os empreendedores, como para os consumidores.

Ferramenta para economia

Praticado no Brasil desde 1931, o horário de verão, de acordo com a entidade, além de ser uma prática consolidada em todo o mundo, é uma ferramenta valiosa para a economia do País. Foi suspenso oficialmente em abril de 2019 pelo Decreto 9.772 do então presidente Jair Bolsonaro sob a alegação de que os benefícios desejados não estavam mais sendo alcançados.

Com a mudança de governo, esperava-se que a prática de se adiantar os relógios em uma hora fosse ser retomada. A própria primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, manifestou apoio à medida. Mas, recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sepultou a possibilidade da volta do horário de verão neste ano porque, segundo os técnicos da área de energia, os reservatórios de água das hidrelétricas estão com seu maior nível de armazenamento dos últimos dez anos. Contudo, ele não descartou por completo a volta do horário de verão no ano que vem.

A ACSP, segundo seu presidente, Roberto Matheus Ordine, entende que o horário de verão ainda contribui para a redução do consumo de energia elétrica, aliviando a demanda durante o horário de pico, implicando em menor pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo custos de produção e distribuição de energia que, com possibilidade de preços mais baixos para os consumidores.

"Com a possibilidade de aproveitar o horário estendido de luz natural, o turismo também é beneficiado. O setor hoteleiro e de entretenimento pode experimentar um aumento na demanda, gerando mais empregos e impulsionando a economia regional", avalia Ordine.

O executivo reitera que com mais tempo de iluminação natural, as ruas se tornam mais seguras para os cidadãos, reduzindo a incidência de acidentes e crimes, contribuindo para a sensação de segurança e bem-estar da população, o que estimula o comércio noturno.

Diz ainda a ACSP que dados históricos comprovam que o horário de verão já foi benéfico para a economia brasileira, impulsionando o comércio e o varejo. Para a entidade, sua reintrodução representaria um importante estímulo para a recuperação econômica após os desafios enfrentados nos últimos anos, especialmente dos impactos da pandemia.

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