Brasil

Assinatura em empréstimo compromete Genoino

Esta é a principal prova que levará a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal a condenar o ex-presidente do PT


	Quadro histórico do PT, Genoino ascendeu à presidência do partido depois que José Dirceu foi ser o "capitão do time" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto
 (Agência Brasil)

Quadro histórico do PT, Genoino ascendeu à presidência do partido depois que José Dirceu foi ser o "capitão do time" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 10h32.

Brasília - Uma assinatura. Esta é a principal prova que levará a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal a condenar o ex-presidente do PT José Genoino por corrupção ativa na sessão da tarde desta terça-feira. O fato de ele ter assinado um dos empréstimos fraudulentos que abasteceram o esquema é crucial para enquadrá-lo no crime, na opinião dos magistrados. Considerado quase como um preposto de José Dirceu na cúpula petista, Genoino será condenado por corrupção ativa por ter comprado o apoio político de PP e PTB.

Quadro histórico do PT, Genoino ascendeu à presidência do partido depois que José Dirceu foi ser o "capitão do time" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Ex-guerrilheiro no Araguaia, construiu sua carreira política como deputado federal tendo obtido seis mandatos. Teve especial destaque na oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso. Quando Lula conseguiu chegar ao Planalto, em 2002, Genoino, derrotado na eleição para o governo de São Paulo, foi acomodado na presidência do PT e ganhou a missão de auxiliar Dirceu na montagem da base de sustentação.

Agora, ele será condenado porque o Supremo concluiu que o PT angariou apoio no Congresso com a distribuição de dinheiro aos aliados. Diferente do caso de Dirceu, que alega não haver nenhuma prova material, a situação de Genoino se complicou pelo aval dado a um empréstimo de R$ 3 milhões no Banco Rural. Ele sustenta que só assinou por uma questão formal e de confiança, uma vez que o artífice do financiamento era o ex-tesoureiro Delúbio Soares.

Para os ministros do STF, porém, a rubrica é uma prova irrefutável que o então presidente petista tinha conhecimento da prática criminosa de ampliação da base parlamentar do governo. O ex-presidente do PT é acusado de comprar "somente" dois partidos, PP e PTB, tendo se livrado no processo quanto ao PMDB e PL (atual PR). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaMensalãoPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos