Brasil

Assessor de Trump vê "oportunidade histórica" com eleição de Bolsonaro

John Bolton ressaltou que Trump foi "o primeiro líder estrangeiro a ligar para chamar a Bolsonaro" após as eleições

John Bolton: "Encaramos como uma oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhemos juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras", disse o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

John Bolton: "Encaramos como uma oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhemos juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras", disse o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

E

EFE

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 08h36.

Washington - O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, classificou nesta terça-feira a eleição de Jair Bolsonaro como uma "oportunidade histórica" para as relações com o Brasil, dois dias antes de se reunir, no Rio de Janeiro, com o próximo presidente do país.

"Meu encontro com o presidente eleito Bolsonaro é um resultado da ligação do presidente Trump para parabenizá-lo na própria noite da eleição (em 28 de outubro)", declarou Bolton em entrevista coletiva na Casa Branca.

"Eles tiveram uma ligação telefônica realmente extraordinária, e acredito que desenvolveram uma relação pessoal, ainda que remotamente", acrescentou.

Bolton ressaltou que Trump foi "o primeiro líder estrangeiro a ligar para chamar a Bolsonaro" após a vitória no segundo turno, e disse que os dois governantes podem levar a relação bilateral a um novo nível.

"Encaramos como uma oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhemos juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras", afirmou.

Bolton disse que deve ouvir "quais são as prioridades do presidente eleito, tentar responder a elas" e repassar as "opiniões do presidente Trump" para que, quando Bolsonaro chegar ao poder, em janeiro, "os dois líderes possam começar a trabalhar com parte do trabalho feito".

Bolton e Bolsonaro devem conversar sobre uma possível "estratégia regional sobre as crises criadas pelos regimes de Cuba e Venezuela", conforme disse à Agência Efe uma fonte da Casa Branca.

Os dois também debaterão "uma estratégia regional para lidar com a influência política e econômica da China" na América Latina, sobre a qual os EUA aumentaram recentemente as críticas.

Na agenda também estão possíveis passos para "expandir as relações de comércio, investimento e negócios" entre EUA e Brasil, assim como para "melhorar a segurança energética regional", acrescentou a fonte, que pediu anonimato.

Bolton visitará o Rio de Janeiro a caminho da cúpula de líderes do G20, que será realizada na sexta-feira e no sábado em Buenos Aires, com a presença de Trump.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Governo BolsonaroJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso