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MG nega título de cidadão honorário ao juiz Sérgio Moro

Requerimento tinha sido apresentado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), mas foi negado pela Assembleia Legislativa


	Sérgio Moro: cidadania honorária de Minas Gerais foi negada na Assembleia Legislativa por três votos a dois.
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Sérgio Moro: cidadania honorária de Minas Gerais foi negada na Assembleia Legislativa por três votos a dois. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 16h16.

Belo Horizonte - A Assembleia Legislativa de Minas Gerais negou nesta terça-feira, 22, título de cidadão honorário ao juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na 1ª instância, em Curitiba.

O requerimento foi apresentado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) na Comissão de Segurança Pública da Casa, que conta com cinco integrantes e foi negado por três votos a dois.

Além de Rodrigues, apoiou a homenagem o deputado João Leite (PSDB). Foram contra a concessão do títulos os parlamentares Durval Ângelo (PT), Cristiano Silveira (PT) e João Alberto (PMDB), todos da base do governador Fernando Pimentel (PT) na Casa.

Na justificativa do pedido, Sargento Rodrigues, que é presidente da comissão, afirmou que a homenagem seria em função da atuação do juiz em "operações que buscam o enfrentamento de crimes contra a Nação".

Em resposta, a Comissão de Direitos Humanos, que é presidida por Cristiano Silveira, aprovou nesta quarta-feira, 23, manifestação de repúdio a Sérgio Moro "em razão das gravíssimas irregularidades cometidas pelo magistrado no processo da Operação Lava Jato, com a divulgação das gravações telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff para a Rede Globo de Televisão".

"E a interceptação realizada fora do horário determinado para seu fim, expondo a presidente da República a perigo de lesão, em afronta inclusive ao artigo 1o, III, da Lei número 7.170/83 - Lei de Segurança Nacional".

A manifestação de repúdio foi aprovada com os votos de Silveira, Rogério Correia (PT) e Professor Neivaldo (PT). A comissão também tem cinco integrantes, mas a sessão foi aberta e a votação foi realizada apenas com os três parlamentares, por maioria.

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