Assalto: segundo do país vizinho, este pode ter sido o maior assalto da história do Paraguai (Prosegur/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de abril de 2017 às 12h43.
Última atualização em 24 de abril de 2017 às 22h03.
Sorocaba - Ao menos 30 homens com armas de guerra invadiram o prédio da empresa de valores Prosegur, explodiram cofres e levaram ao menos R$ 100 milhões na madrugada desta segunda-feira, 24, em Ciudad del Este, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil.
Segundo do país vizinho, este pode ter sido o maior assalto da história do Paraguai. Armados com fuzis automáticos e metralhadoras ponto 50, os criminosos bloquearam ruas, incendiaram veículos e dispararam rajadas contra prédios públicos.
Acuada, a polícia pediu reforços e munições. Um policial do Grupo Especial de Operações da polícia paraguaia foi atingido e morto.
De acordo com a delegada Denise Duarte, que investiga o assalto, testemunhas disseram que a ação foi praticada por um "esquadrão do crime" e que os criminosos falavam em português.
A suspeita é de que o assalto tenha sido praticado por grupos ligados a organizações criminosas brasileiras que disputam o controle da fronteira, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este a Foz do Iguaçu, no Paraná, no Brasil, foi bloqueada pelas polícias paraguaia e brasileira.
O presidente paraguaio, Horácio Cartes, determinou o deslocamento das Forças Nacionais para a cidade. Até as 8h desta segunda, nenhum suspeito havia sido preso sido preso.