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ÀS SETE - Governo revisa meta fiscal e avisa que o fim dos déficits não virá antes de 2020

Dyogo Oliveira e Henrique Meirelles: meta fiscal foi revisada para um déficit de 159 bilhões de reais em 2017 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Dyogo Oliveira e Henrique Meirelles: meta fiscal foi revisada para um déficit de 159 bilhões de reais em 2017 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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EXAME Hoje

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 06h58.

Última atualização em 16 de agosto de 2017 às 07h21.

As novas metas

Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciaram ontem uma série de medidas para reduzir as despesas do governo e também as novas metas fiscais de déficits primários de 2017 e 2018, elevados para 159 bilhões de reais. O governo também afirmou que o fim dos déficits não virá antes de 2020. A maioria das medidas afeta o funcionalismo público, que sofrerá um achatamento da remuneração inicial (para 5.000 reais), aumento da contribuição ao regime de previdência e adiamento do reajuste salarial. Em 10 anos, segundo Oliveira, a reorganização de carreiras no funcionalismo deve gerar uma economia acumulada de 70 bilhões de reais. Meirelles voltou a defender a reforma da Previdência, e disse que o país está no limite.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Cunha sem delação

A negociação da delação premiada do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi suspensa pela Procuradoria-Geral da República. Cunha já foi informado sobre o assunto. Ele está preso há dez meses em Curitiba e não teria se exaltado ao receber a notícia, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. A ideia da defesa do ex-deputado é insistir na delação após a troca de procurador-geral, que acontece em setembro. A PGR preferiu encerrar as negociações porque acreditava que Cunha estava tentando proteger deputados do centrão e o presidente Michel Temer, além de outros aliados.

Assessora de Marcela Temer com apartamento funcional

Duas assessoras diretas da primeira-dama Marcela Temer receberam, da Secretaria de Administração do Palácio do Planalto, a autorização para ocuparem um apartamento funcional em Brasília. Denise Silva dos Reis Leal, nutricionsta, e Cintia Borba, que cuida das “questões particulares” de Marcela, estão lotadas no gabinete presidencial. O apartamento pode ser pleiteado por servidores DAS 4, 5 e 6. Ambas as servidoras são do nível 4. De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente vetou o imóvel para uma das servidoras, Denise, a nutricionista.

Varejo surpreende

O varejo superou as expectativas no mês de junho e mostrou uma alta de 1,2% na comparação com maio e de 3% na comparação com junho de 2016. Com isso, o setor fechou o segundo trimestre de 2017 com alta de 2,5% — o melhor desempenho em 3 anos. Segundo o IBGE, seis dos oito segmentos tiveram alta em junho, na comparação com maio. Os maiores destaques foram: móveis e eletrodomésticos (2,2%), tecidos, vestuário e calçados (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%). “Houve melhoras no varejo, isso é evidente, mas ainda assim está 8,2% abaixo do pico histórico de novembro de 2014”, afirmou a coordenadora da pesquisa Isabella Nunes.

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IPO da Bioritmo?

O grupo Bioritmo, dono da rede de academias Smart Fit e Bio Ritmo, entrou com pedido de registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários, dando o primeiro passo para a abertura de capital, que foi antecipada por EXAME. Fundado em 2009, o grupo tem como acionistas a gestora Pátria, o fundo sobrerano de Cingapura (GIC) e a família Corona. Com uma receita simples — salas enormes, com aparelhos modernos, poucos professores e preços camaradas — a Smart Fit chegou a 1 milhão de alunos e 357 unidades, tornando-se o maior grupo da América Latina. Em 2015, último dado disponível, a Smat Fit teve um prejuízo de 13 milhões de reais, ante um prejuízo de 445.000 de reais de 2014. Em entrevista a EXAME em maio, Edgar Corona, presidente do grupo, afirmou que o objetivo para 2017 é abrir mais 140 academias e chegar em 497 unidades.

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Netshoes despenca 14,2%

O prejuízo da empresa de comércio eletrônico Netshoes cresceu 4,5% no segundo trimestre para 35,2 milhões de reais, ante a perda de 33,6 milhões de reais um ano antes. A receita teve alta de 15%, para 461 milhões de reais. Com isso, as ações da companhia na bolsa de Nova York despencaram 14,2%. Os papéis fecharam cotados a 16,51 dólares, patamar próximo de seu primeiro dia de negociações na bolsa (12 de abril) quando fechou o dia em 16,10 dólares.

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Mercosul: Uruguai quer discutir reforma trabalhista brasileira

O ministro do Trabalho do Uruguai, Ernesto Murro, solicitou uma reunião com os outros membros do Mercosul, e pediu que o Presidente Michel Temer apresente os detalhes sobre a reforma trabalhista aprovada. Para o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, os impactos desta reforma podem repercutir nas relações comerciais entre os países sul-americanos. O chanceler uruguaio também lembrou que o Mercosul tem um protocolo que trata dos direitos trabalhistas e afirmou que a reforma pode ser uma estratégia para o Brasil se sobressair no mercado internacional.

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Colômbia oficializa fim do conflito com as Farc

Em evento realizado nesta terça-feira, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou o fim dos conflitos com as Farc (organização guerrilheira que atuava no país desde 1964). O desarmamento do grupo ocorre desde o início do ano, e um contêiner com os últimos fuzis das Farc foi trancado com um cadeado pelo presidente, em cerimônia simbólica. Para o presidente, a data marca uma “nova fase na vida da nação colombiana”. De acordo com Iván Márquez, um dos líderes das Farc, a grupo realizará um congresso para divulgar a criação de um partido político, que se chamará Força Alternativa Revolucionária da Colômbia.

Novas baixas no Conselho de Trump

Dois outros executivos anunciaram suas saídas do Conselho Industrial dos Estados Unidos. Kevin Plank, presidente da fabricante de material esportivo Under Armour, e Brian Krzanich, presidente da empresa de tecnologia Intel, decidiram renunciar aos seus cargos no governo após a resposta pouco incisiva do presidente Donald Trump aos acontecimentos em Charlottesville, quando supremacistas brancos e grupos antirracismo entraram em confronto na cidade. Os dois executivos seguem a ação de Kenneth Frazier, presidente da farmacêutica Merk, que decidiu sair do conselho na segunda-feira. Além deles, Doug McMillon, presidente da varejista Walmart, criticou a postura de Trump e disse que o presidente americano perdeu uma grande oportunidade de unificar o país.

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