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Para ganhar votos, candidatos se rendem ao forró e funk

De forró a funk carioca, passando por jingles clássicos à repaginação da ditadura. Conheça as músicas que tomarão conta das eleições e dos seus ouvidos

Dilma segura violão que ganhou da cantora Shakira e Aécio toca tambor durante visita ao AfroReggae (Ichiro Guerra/Orlando Brito/Montagem EXAME.com)

Dilma segura violão que ganhou da cantora Shakira e Aécio toca tambor durante visita ao AfroReggae (Ichiro Guerra/Orlando Brito/Montagem EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 10h36.

São Paulo - Ey ey Eymael, um democrata cristão. Você pode até não saber que José Maria Eymael é um dos candidatos à Presidência nas eleições deste ano. Mas, muito provavelmente, já se pegou cantando o jingle chiclete que acompanha o político do PSDC há 30 anos.

Originalmente uma marchinha de carnaval, a música já sofreu alterações na letra de acordo com os cargos disputados por ele – de prefeito de São Paulo a deputado federal – e também ganhou versões em ritmo de axé e sertanejo.

Em 2014, o hit deve sofrer novas mudanças, entre elas, a perda do espaço na televisão, para não disputar o escasso tempo disponível com as propostas do próprio candidato.

Embora seja inegável que os jingles tinham mais força nos tempos áureos do rádio e da tv, os partidos não abandonaram completamente a estratégia de usar o poder de uma melodia para serem lembrados nas urnas.

Com o crescimento da importância das redes sociais na corrida eleitoral, as equipes passaram a explorar possibilidades musicais também na internet, onde (quase) não há limites.

O aspirante a senador e atual deputado federal Romário (PSB), por exemplo, vende seu peixe ao som de um funk carioca composto pelo amigo MC Koringa. Em uma série de vídeos lançada em canal no YouTube, o ex-jogador aparece até cantando nas caminhadas de campanha.

//www.youtube.com/embed/_PUXpBKRqVQ?list=PLTDn3ls4gGgYgoCRGWxdHbRZmicqc9p4j

Já o candidato ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga (PSDB), mantém um pé no passado.

Um de seus jingles de campanha é uma releitura quase idêntica da música Marcas do que se foi, usada pelo governo de Ernesto Geisel durante a ditadura militar.

//www.youtube.com/embed/9Fhamb1-Cw8?list=UU5YiI4Yx_J9z4aNTffcM1XQ

Veja a versão original usada por Geisel: 

//www.youtube.com/embed/4ydbEboZGJA

Forró dos presidentes

Após a tentativa frustrada de emplacar um Dilma lá em 2010, na cola do famoso slogan de seu padrinho político Lula, a presidente Dilma Rousseff (PT) aposta neste ano em um forró um pouco mais independente.

O ritmo nordestino é usado para enaltecer o que chama de coração valente e mãos firmes de Dilma, seguindo a imagem de durona da presidente.

//www.youtube.com/embed/xbOIvjcWsco

Entre os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas, os ritmos populares brasileiros predominam.

Embora Aécio Neves (PSDB) não tenha lançado - até o momento - composições que mencionem diretamente seu nome, o improviso da Embolada foi usado na campanha criada pelo partido para conscientização sobre a importância do voto.

O tucano #VemPraUrna também usou o forró em um de seus vídeos.

//www.youtube.com/embed/zlHlXVvgOb4

Eduardo Campos e sua vice Marina Silva, misturaram o rap com samba para tentar convencer os eleitores que possuem coragem para mudar o Brasil.

//www.youtube.com/embed/r5YP8fZ5o3Q?list=UUy7mC5gy1-n87Zp9STRsHrg

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