São Paulo – A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras está prevista para começar a operar nesta quinta-feira (26) na Câmara dos Deputados e deve esquentar o clima de acusações no caso de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a estatal.
A comissão foi criada para analisar denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015. Segundo a oposição, foi em 2005 que começaram as negociações para a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
Já o PT quer incluir nas investigações o período do governo FHC. Em depoimento, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirmou ter começado a receber propina na estatal em 1997.
A investigação parlamentar começa poucos meses após o encerramento de outra CPI sobre o mesmo caso, que terminou sem muitos avanços. Mesmo assim, a nova CPI da Petrobras gera apreensão no governo e em deputados que podem ser citados como envolvidos no caso.
Outras CPIs importantes já levaram à cassação de mandatos, à prisão de um juiz e até ao processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Veja a seguir as sete CPIs que abalaram o país nos últimos 23 anos.
CPI do PC Farias – 1992
Foi a primeira CPI de peso desde o fim da Ditadura Militar. A comissão investigou esquema de corrupção envolvendo o empresário Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello à presidência da República. Collor foi eleito em 1989.
O esquema de corrupção foi denunciado pelo irmão do presidente, Pedro Collor. A partir da denúncia, foram descobertas empresas fantasmas, venda de favores e favorecimento de empresas em obras públicas. O trabalho da CPI levou ao pedido de impeachment de Collor, que renunciou antes de ser condenado. PC Farias foi encontrado morto, junto com sua namorada Suzana Marcolino, em 1996.
CPI dos Anões do Orçamento – 1993
A comissão investigou o desvio de dinheiro do Orçamento da União e levou à cassação de seis parlamentares. No esquema, deputados e senadores manipulavam emendas parlamentes com o objetivo de desviar dinheiro. O caso ficou conhecido como “anões do orçamento” pois envolvia principalmente parlamentares com pouca projeção política, considerados “anões do poder”. Um dos principais nomes envolvidos foi João Alves, deputado apontado como chefe do esquema. Alves renunciou ao mandato na época para evitar a cassação. Ele morreu em 2004.
CPI do Judiciário – 1999
Instalada no Senado para investigar denúncias de corrupção nos tribunais, a comissão revelou esquema de desvio de verbas públicas destinadas à obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O caso levou à condenação do juiz Nicolau dos Santos Neves, o Lalau, ex-presidente do TRT paulista. Também levou à cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF) dono do grupo OK, responsável pela construção do fórum. Estima-se que tenham sido desviados R$ 169,5 milhões.
CPI do Banestado – 2003
A comissão apurou denúncias de envio ilegal de até R$ 150 bilhões ao exterior, , envolvendo, entre outros bancos, o Banestado (Banco do Estado do Paraná).Foi uma das mais extensas investigações do Legislativo: no total, a CPI requisitou a quebra de mais de 1.700 sigilos bancários.
A evasão de dinheiro teria ocorrido entre 1996 e 2002, envolvendo até 200 pessoas. No relatório final, o relator da comissão, deputado José Mentor (PT), pediu 91 indiciamentos, incluindo o do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. No entanto, o relatório final da CPI nunca foi votado pelos parlamentares.
CPI dos Correios – 2005
Criada inicialmente para investigar denúncias de corrupção nos Correios, a CPMI terminou apurando o escândalo do mensalão. O estopim do caso veio com a revelação de um vídeo em que um funcionário dos Correios recebe dinheiro de empresários e diz ter a autorização do deputado federal Roberto Jefferson (PTB).
Após ter seu nome citado, Jefferson deu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo a respeito do mensalão. Com isso, a CPMI dos Correios se desdobrou numa outra investigação, a CPI do Mensalão.
CPI dos Bingos – 2006
A investigação começou para investigar a relação entre o bicheiro Carlos Cachoeira e Waldomiro Diniz, assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. No entanto, ao longo das investigações, a comissão passou a abranger uma série de outros temas e ganhou o apelido de “CPI do Fim do Mundo”.
Foram investigados os esquemas de caixa dois do PT no interior paulista, os assassinatos de prefeitos do partido, Toninho do PT (Campinas) e Celso Daniel (Santo André), entre outros temas. Um dos principais momentos da comissão foi o depoimento do caseiro Francenildo Costa, que acusou o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de frequentar uma mansão de lobistas em Brasília. O relatório final da CPI pediu o indiciamento de 48 pessoas, dentre elas o bicheiro Carlos Cachoeira.
CPI dos Sanguessugas – 2006
A comissão foi uma das que envolveu mais parlamentares – seu relatório final pediu a abertura de processo disciplinar contra 69 deputados e três senadores por suposto envolvimento em desvios de recursos da área da saúde. Os suspeitos teriam ligação com uma quadrilha que desviava dinheiro destinado à compra de ambulâncias. Nenhum deles foi punido pelos colegas.
Além dos parlamentares, a CPI pediu indiciamento de seis envolvidos numa suposta tentativa de compra de um dossiê anti-tucano para as eleições. Pessoas ligadas ao PT teriam a intenção de comprar documentos que ligariam o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB) ao esquema investigado na CPI.
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1. Investigação
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1/35 (Nacho Doce/Reuters)
São Paulo – Ao menos 33 políticos já tiveram seus nomes associados às investigações da
Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na
Petrobras. As suspeitas envolvem seis
partidos diferentes -- PT, PMDB, PP, PSDB, SDD e PTB. Dentre os políticos, 28 foram citados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, em seu acordo de delação premiada, de acordo com o jornal
O Estado de S.Paulo. Também há nomes citados por outros investigados. O policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, que seria funcionário do doleiro Alberto Youssef, levantou suspeitas sobre Eduardo Cunha (PMDB) e Antonio Anastasia (PSDB). Já o senador Fernando Collor (PTB) aparece na investigação devido a documentos apreendidos com o doleiro Youssef. A expectativa é que o Ministério Público Federal apresente denúncia contra os políticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Veja nas fotos acima quem são os 32 políticos supostamente envolvidos no esquema e o que eles têm a dizer.
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2. Gleisi Hoffmann (PT-PR)
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2/35 (Pedro França/Agência Senado)
De acordo com o jornal
O Estado de S.Paulo, o doleiro Alberto Youssef disse ter destinado R$ 1 milhão para a campanha da senadora Gleisi Hoffmann em 2010.
Gleisi foi ministra-chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Ainda segundo a publicação, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia citado um pedido de “ajuda” para campanha da senadora. Gleisi nega ter pedido ou recebido o dinheiro. Ela afirma não conhecer o doleiro e diz que nunca teve contato com o esquema investigado pela Operação Lava Jato.
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3. Humberto Costa (PT-PE)
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3/35 (Moreira Mariz/Agência Senado)
O senador Humberto Costa (PT-PE) também apareceu nos depoimentos de Paulo Roberto Costa à Operação Lava Jato. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da Petrobras disse que o petista recebeu R$ 1 milhão do esquema para sua campanha de 2010. O dinheiro teria vindo da cota do PP dentro do esquema. O senador nega. Em nota, Humberto Costa disse: “Todas as doações de campanha que recebi na minha candidatura ao Senado em 2010 foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas e registradas em minha prestação de contas à justiça eleitoral e inteiramente aprovadas, estando disponíveis a quem queira acessá-las.”
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4. Antônio Palocci (PT)
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4/35 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, Paulo Roberto Costa teria dito em depoimento que o ex-ministro Antonio Palocci pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. Palocci coordenou a campanha da presidente naquele ano; ele também foi ministro dos governos Dilma e Lula. Em nota, Palocci negou as acusações. “O ex-ministro nega veementemente as informações relativas à sua pessoa, vazadas de suposto depoimento no âmbito da delação premiada”, diz o texto.
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5. Lindbergh Farias (PT-RJ)
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5/35 (Wilson Dias/ABr)
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, teria trabalhado para a campanha de Lindbergh Farias para o governo do Rio de Janeiro. Uma das funções de Costa seria buscar apoio junto a empreiteiras. Lindbergh nega que tenha tido qualquer envolvimento com o esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Nega também que tenha sido citado pelo ex-diretor como um dos políticos envolvidos no esquema. Ao jornal
Folha de S.Paulo, o senador afirmou: “Me reuni com [Paulo Roberto Costa] em três ocasiões, em janeiro de 2014, para discutir meu programa de governo na área de petróleo e gás. Nesta última reunião, conversamos sobre campanha e ele disse que ia falar com algumas empresas para ver quem poderia me ajudar (com doações). É uma situação totalmente diferente de participar de esquema de corrupção dentro da Petrobras”.
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6. Tião Viana (PT-AC)
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6/35 (Agência Brasil)
O governador do Acre Tião Viana (PT) também foi citado pelo delator Paulo Roberto Costa. De acordo com reportagem do jornal
O Estado de S.Paulo, Viana teria recebido R$ 300 mil do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. O dinheiro seria destinado a sua campanha de 2010. Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador negou envolvimento com esquema e disse que “não conhece e nunca teve qualquer tipo de relação” com o ex-diretor da Petrobras.
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7. Delcídio Amaral (PT-MS)
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7/35 (Wikimedia Commons)
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) também teria sido citado por Paulo Roberto Costa como envolvido no esquema de corrupção na Petrobras. Delcídio foi diretor de Gás e Energia da estatal entre 1999 e 2001. O senador afirmou que as denúncias se referem ao período anterior ao seu mandato como senador. Disse também que “esses fatos foram amplamente utilizados durante a campanha eleitoral de 2014 mesmo já tendo sido rigorosamente analisados”.
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8. Cândido Vaccarezza (PT-SP)
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8/35 (Antonio Cruz/ABr)
Outro supostamente citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa é o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP). O petista nega envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Em entrevista coletiva concedida em setembro, Vaccarezza afirmou: “Nunca recebi dinheiro do senhor Paulo Roberto Costa e não acho correto divulgar isso sem provas”.
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9. Vander Loubet (PT-MS)
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9/35 (Flickr/Vander Loubet)
Outro supostamente citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa é o deputado federal Vander Loubet (PT-MS). O deputado afirmou que “não teve relação institucional, política ou de outra natureza” com o ex-diretor. Loubet disse ainda que está à disposição da Justiça para esclarecer o tema.
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10. Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
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10/35 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é suspeito de ter recebido dinheiro por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, que seria um dos funcionários do doleiro Alberto Youssef. O deputado, que é candidato à presidência da Câmara, foi citado na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento. A defesa de Alberto Youssef também afirmou que o doleiro nunca mandou dinheiro para Cunha.
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11. Renan Calheiros (PMDB-AL)
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11/35 (Ueslei Marcelino/Reuters)
O senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) também teria sido citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimento no âmbito da delação premiada sobre esquema de corrupção na Petrobras. Presidente do senado, Calheiros teria sido citado também pela ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, operador do esquema. Segundo a contadora, antes de ser preso na Operação Lava Jato, Youssef teria dito a ela que se encontraria com o senador. Em nota, Renan Calheiros negou envolvimento no esquema. "O senador reafirma que nunca esteve, agendou conversas e nunca ouviu falar de Alberto Youssef e de sua contadora”, diz a nota.
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12. Edison Lobão (PMDB)
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12/35 (José Cruz/Agência Brasil)
Outro nome supostamente citado pelo delator Paulo Roberto Costa, o ex-ministro de Minas e Energia
Edison Lobão (PMDB) afirmou que não tem informações sobre a forma como teria sido citado. “Só posso responder quando souber o que se alega contra mim ou se há alguma alegação contra mim. Não devo nada, estou isento de qualquer culpa, venha de onde vier", defendeu-se.
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13. Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
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13/35 (Ueslei Marcelino/Reuters)
O presidente da Câmara dos Deputados
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também foi supostamente citado por Paulo Roberto Costa em sua delação premiada. Devido à suspeita, Alves pediu que seu nome fosse retirado da lista de cotados para os ministérios do segundo mandato de Dilma. Em nota, o deputado diz que "faz questão que seja esclarecida a citação absurda envolvendo o seu nome".
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14. Sérgio Cabral (PMDB-RJ)
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14/35 (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Também citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-governador do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral (PMDB-RJ) diz "repudiar" a menção de seu nome.
Ele disse que sua relação com Costa "sempre foi institucional".
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15. Roseana Sarney (PMDB-MA)
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15/35 (.)
Roseana Sarney (PMDB-MA) é mais uma na lista de ex-governadores que aparecem na delação de Paulo Roberto Costa. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa Roseana, nega envolvimento da ex-governadora do Maranhão. Ele explicou que "por falta de sorte" o nome dela apareceu em meio às investigações da Petrobras, mas que, na verdade, ela está sendo investigada pelo pagamento de precatórios efetuado pelo governo maranhense a duas construtoras - caso que está a cargo do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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16. Valdir Raupp (PMDB-RO)
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16/35 (Geraldo Magela/Agência Senado)
Também citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o senador
Valdir Raupp (PMDB-RO) disse "nunca" ter pedido "um centavo" a Costa.
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17. Romero Jucá (PMDB-RR)
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17/35 (José Cruz/ABr)
Mais um nome citado pelo delator da Operação Lava Jato, o senador
Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou, via assessoria, que não conhece Costa e que nunca recebeu nada.
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18. Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ)
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18/35 (Reprodução/Facebook/Alexandre Santos)
Também do PMDB, o deputado federal Alexandre Santos (RJ) foi outro que teve seu nome citado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Santos não se pronunciou sobre o assunto.
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19. Eduardo Campos (PSB)
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19/35 (Divulgação)
O ex-governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), foi outro citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Campos morreu num acidente aéreo em agosto de 2014, durante campanha para presidente da República. Em nota, o PSB disse ter "extrema confiança" em Eduardo Campos. "O ônus da prova é de quem acusa, portanto, o senhor Paulo Roberto Costa deve provar a sua denúncia, até porque ele cita um líder com reputação ilibada e que não está mais aqui para se defender", afirmou o partido. Campos morreu em agosto em um acidente aéreo.
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20. Sérgio Guerra (PSDB)
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20/35 (José Cruz/Agência Brasil)
Outro nome citado por Paulo Roberto Costa em seus depoimentos é o do ex-presidente do PSDB
Sérgio Guerra. O tucano morreu em março de 2014. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Costa teria dito que repassou propina ao ex-presidente do PSDB para que ele ajudasse a esvaziar uma CPI que investigava a Petrobras, em 2009. Na época, Guerra era senador. Em nota, o PSDB disse que todas as acusações feitas por Paulo Roberto Costa devem ser investigadas.
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21. Antonio Anastasia (PSDB-MG)
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21/35 (Elza Fiúza/ABr)
O ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) foi
citado em depoimento dado à Operação Lava Jato pelo
policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca. Careca teria dito que entregou R$ 1 milhão a Anastasia, em 2010, a mando do doleiro Alberto Youssef. Na época, o tucano era candidato a governador de Minas Gerais. De acordo com o depoimento do policial, o dinheiro teria sido entregue em uma casa em Belo Horizonte.
Careca fazia entregas de dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef. Em nota, o ex-governador de Minas Gerais disse estar indignado e negou conhecer o policial federal Careca ou o doleiro Alberto Youssef.
O tucano afirmou ainda que já constituiu advogado para esclarecer o caso "por todos os meios possíveis, inclusive acareação com o acusador". A defesa de Alberto Youssef também afirmou que o doleiro nunca mandou dinheiro para Anastasia.
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22. Ciro Nogueira (PP-PI)
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22/35 (Wikimedia Commons)
O senador
Ciro Nogueira, do PP do Piauí, também foi citado pelo ex-diretor da Petrobras. Em carta enviada ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, Nogueira afirmou que renuncia se houver qualquer "comprovação de vínculo financeiro ilegal ou impróprio".
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23. João Pizzolatti (PP-SC)
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23/35 (Luiz Alves/Câmara Federal)
O deputado federal João Pizzolatti (PP-SC) também foi supostamente citado por Paulo Roberto Costa como parlamentar envolvido no esquema de corrupção da Petrobras. A notícia foi divulgada pela revista Veja. Em nota, o deputado negou envolvimento no esquema. “O deputado nega, de forma veemente, a prática de qualquer ato ilícito ao longo de sua vida pública, não tendo conhecimento da existência de absolutamente nenhum depoimento do Sr. Paulo Roberto Costa que possa ter envolvido o seu nome”, disse o catarinense.
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24. Nelson Meurer (PP-PR)
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24/35 (Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados)
O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) também teria sido citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Meurer aparece ainda em documentos apreendidos pela Operação Lava Jato. De acordo com o jornal
O Globo, o nome do deputado consta na planilha de pagamentos do doleiro Carlos Habib Chater.
Meurer diz que não recebeu dinheiro de Chater. “Nunca falei com ele, nem sabia que ele existia. A não ser que alguém recebeu esse dinheiro em meu nome, mas eu desconheço”, disse.
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25. Simão Sessim (PP-RJ)
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25/35 (Leonardo Prado/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Simão Sessim (PP-RJ) também é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. De acordo com as investigações, Sessim teria pedido “ajuda” a Paulo Roberto Costa para indicar a locadora de veículos de um amigo para grandes empreiteiras. As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo. Ao jornal, o deputado classificou o caso como “tempestade em copo d’água”. Sessim negou qualquer pedido de tráfico de influência e disse não conhecer Youssef.
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26. José Otávio Germano (PP)
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26/35 (Reprodução/Facebook/José Otávio Germano)
Mais um nome do PP citado pelo ex-diretor da Petrobras como envolvido no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, o deputado federal José Otávio Germano (PP-RS) negou as informações em nota. “É com muita tristeza e indignação que vejo meu nome ser citado por alguém que se vale do instrumento da delação premiada para tentar implicar-me numa caso onde não tenho absolutamente nenhum envolvimento. Afirmo categoricamente que nada sei sobre os fatos denunciados pela Operação Lava Jato, e que por isso mesmo nada devo e nada temo”, disse o deputado.
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27. Benedito de Lira (PP-AL)
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27/35 (Moreira Mariz/Agência Senado)
O senador Benedito de Lira (PP-AL) também teve seu nome citado na Operação Lava Jato. Lira foi derrotado nas eleições de 2014 para governo de Alagoas. O alagoano afirmou que não há fundamento na acusação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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28. Mário Negromonte (PP-BA)
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28/35 (Wilson Dias/ABr)
O ex-ministro das Cidades
Mário Negromonte (PP-BA) foi outro que teve seu nome citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele negou que tenha recebido propina. "Jamais, zero, nunca Costa pode afirmar que fez negócios comigo. Durmo tranquilo."
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29. Luiz Fernando Faria (PP)
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29/35 (Divulgação)
Outro nome do PP citado na delação de Paulo Roberto Costa foi o do deputado federal Luiz Fernando Faria (PP-MG). Assessores do deputado afirmaram que os contatos de Faria com o ex-diretor da Petrobras “se deram exclusivamente por dever de ofício”.
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30. Pedro Corrêa (PP)
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30/35 (Lindomar Cruz/ABr)
O ex-deputado federal e ex-presidente do PP Pedro Corrêa também aparece nas investigações da Operação Lava Jato. De acordo com depoimento de Ediel Viana, apontado como laranja do doleiro Carlos Habib Chater, o ex-deputado foi "algumas vezes" ao escritório do Posto da Torre, em Brasília, onde funcionava parte do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Pedro Corrêa foi um dos condenados no processo do mensalão.
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31. Aline Lemos de Oliveira (PP)
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31/35 (Reprodução/alinecorrea.com.br)
Também do PP, a deputada Aline Lemos de Oliveira foi outra que teve seu nome citado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Aline não se pronunciou sobre o assunto.
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32. André Vargas (sem partido)
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32/35 (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)
A apuração da PF trouxe à tona indícios de ligação entre Alberto Youssef e o deputado federal pelo Paraná André Vargas, na época filiado ao PT.
Em janeiro, o parlamentar viajou para João Pessoa (PB) em um jatinho emprestado pelo doleiro. Vargas afirmou ter pago pelo combustível. Pressionado, o deputado renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e se desfiliou do PT. No dia 10 de dezembro, a Câmara dos Deputados
aprovou a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. Com a cassação, Vargas fica inelegível por oito anos.
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33. Luiz Argôlo (SDD-BA)
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33/35 (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara)
As investigações da PF indicam que o deputado federal pela Bahia Luiz Argôlo (SDD) também tinha relação com Alberto Youssef. De acordo com a polícia, o doleiro teria bancado a compra de bezerros para o político. Em outubro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer que pede a cassação do mandato de Argôlo. O relatório não foi votado pelo plenário da Casa, e, como Argôlo não conseguiu se eleger novamente, ficou livre da cassação.
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34. Fernando Collor (PTB-AL)
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34/35 (Wikimedia Commons)
Em julho, a Justiça do Paraná encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o que podem ser indícios de uma suposta relação entre o doleiro Alberto Youssef e o senador Fernando Collor (PTB-AL). A Operação Lava Jato encontrou comprovantes bancários no escritório de Youssef que beneficiariam o senador. Na época, o juiz Sérgio Moro ressaltou que é "prematura" a conclusão de que os depósitos teriam natureza criminosa. Como Collor tem foro privilegiado, o caso só pode ser analisado pelo STF. Collor negou conhecer o doleiro. O Ministério Público Fderal deve denunciar o senador em fevereiro, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
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35. Veja uma seleção de matérias sobre a Lava Jato
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35/35 (Germano Lüders/EXAME)