Aécio Neves e Michel Temer: em maio, áudios e vídeos apontaram uma série de acusações escandalosas contra o senador e o presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 07h00.
Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 07h00.
São Paulo - Em mais um ano conturbado no cenário político do país, não faltaram declarações marcantes.
Já em janeiro de 2017, os brasileiros receberam a notícia da morte do ministro Teori Zavascki após a queda de um avião em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. Figurões do universo político, como o juiz federal Sergio Moro, lamentaram o ocorrido.
De lá para cá, uma série de polêmicas cercaram o Brasil, como a divulgação das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, que jogaram o senador Aécio Neves e o presidente Michel Temer contra a parede.
Veja as frases que marcaram a história do ano de 2017.
"Está na hora de eu ajudar a passar as coisas a limpo", disse seu retorno ao Brasil após ter a prisão decretada - em 29/01.
"Eu fui num quilombola em Eldorado Paulista. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem pra procriadores servem mais", durante palestra na Hebraica do Rio de Janeiro. O deputado foi condenado por essa declaração. Em em 3/04.
"Tem que manter isso, viu?", o presidente a Joesley Batista, supostamente falando de propinas pagas a Eduardo Cunha na cadeia - a frase que motivou as denúncias de Rodrigo Janot. Em 17/05.
"Sempre acreditei na Justiça do meu país", disse o senador sobre a decisão do ministro Marco Aurélio, do STF, em negar a sua prisão e devolver o seu mandato no Senado - em 30/06.
"Enquanto houver bambu, lá vai flecha", o ex-PGR sobre continuar apresentando denúncias de corrupção até o final de seu tempo no cargo - em 1/7.
"Governo não está na UTI. Está na lanchonete do hospital", advogado de Temer - em 5/07.
"O novo pode ser um Hitler. Não há garantia nenhuma", a ex-presidente sobre uma novidade na disputa presidencial de 2018 - em 11/08.
"Vou terminar fazendo uma pergunta para o senhor. Eu vou chegar em casa amanhã e almoçar com oito netos e uma bisneta de seis meses. Eu posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que eu fui a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?", o ex-presidente durante depoimento prestado ao juiz Sergio Moro pelos processos da Operação Lava Jato - em 13/09.
"Seria hipócrita se eu saísse daqui e não falasse realmente que estou decepcionado, decepcionado com a política brasileira, decepcionado com muitos de vocês, muitos", o deputado federal em seu primeiro e último discurso como deputado, ao anunciar sua despedida da vida política - em 6/12.
"‘Não debato com condenados por crime", em resposta ao comentário de Lula que criticou a atuação da Justiça, dizendo que a Operação Lava Jato tem servido para desmoralizar a Petrobras em 08/12.