(Governo do Amapá/Divulgação)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 18 de julho de 2024 às 10h00.
Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h04.
Santana, no Amapá, é a cidade brasileira mais violenta de 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O município teve 92,9 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes – número quatro vezes maior que a média nacional, que é de 22,8 mortes.
O segundo maior município do Amapá tem população de 107.373 pessoas, segundo o Censo 2022. A cidade tem um porto fluvial específico para navios cargueiros de bandeira internacional e é rota do tráfico de drogas. No início do ano, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação no porto para desarticular uma quadrilha que atuava na região.
Entre as dez cidades mais violentas, o destaque fica para o estado da Bahia, que tem seis municípios na lista. Camaçari (BA) tem taxa de 90,6 mortes por 100 mil habitantes, seguida por Jequié (BA), com 84,4; Sorriso (MT), com 77,7; Simões Filho (BA), com 75,9; Feira de Santana (BA), com 74,5; Juazeiro (BA), com 74,4; Maranguape (CE), com 74,2; Macapá (AP), com 71,3; e Eunápolis (BA), com 70,4.
Os dados se baseiam em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da área da segurança pública. O Anuário é realizado desde 2007 e passou a fazer a série de homicídios a partir de 2011. A publicação é considerada uma importante ferramenta para a transparência e a prestação de contas na área.
O Brasil teve queda de 3,4% no número de mortes violentas em 2023. Foram 46.328 mortes no ano passado contra 47.963 em 2022. A taxa de mortalidade ficou em 22,8 por 100 mil habitantes. Com o resultado, o país atingiu o patamar mais baixo desde 2011, primeiro ano da série histórica monitorada pelo fórum. No ano passado, o Brasil também havia atingido a marca.
Desde 2018, os dados de violência no país estão em queda. Fatores como mudanças demográficas, a criação do Sistema Único de Segurança Pública e a mudança no comportamento do crime organizado são alguns dos principais pontos para explicar os números.